sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Quantas páginas deve possuir um livro no mínimo?

Os seguintes artigo são de autoria de, respectivamente, equipe Falando em Literatura, do portal Falando em Literatura, Gislaine Oliveira, do portal Profissão Escritor e equipe Livros & Autores, no mundo do Livro, do portal Blog Clube de Autores:
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Um livro para ser considerado romance como gênero pelo cânone literário, tem que constar entre 60.000 a 200.000 palavras ( equivale a 300 a 1200 páginas) com variações. Quando você escreve no Word, na margem inferior vai saindo a quantidade de caracteres. Cada vez menos esse parâmetro é respeitado, existem livros que se auto- intitulam romance, mas que deveriam entrar para o gênero conto, pela escassez de páginas.
conto ou crônica dá mais liberdade, mas não recomendo que seja menos de 100 páginas. A extensão dos contos é muito variável, inclusive existem microcontos com um ou dois parágrafos.
Os livros de poesia, tal como o de contos, também é bastante volátil, pode variar bastante. Um bom número de páginas é a partir de 100.
Boa sorte com o seu livro!
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Quantas páginas meu livro deve ter?

Essa pergunta te lembrou o tempo da escola: "Prof. quantas linhas minha redação deve ter?"
Então, dica de hoje é sobre isso. O número de páginas de um livro. Você está escrevendo, mas não sabe se é curta ou longa demais a sua trama? Tenho algumas dicas para te ajudar. Vem comigo!

Primeiro, o livro é seu. Ouse! Você pode criar uma longa história, ou uma bem curtinha. Mas vamos ver algumas definições. Li em algum lugar dia desses, (gente, eu tenho sérios problemas de memória, não lembro onde foi, acho que foi no Clube de autores) que para ser um livro, deve ter no mínimo 40 páginas. Isso é um valor acessível para qualquer escritor não é? Sem problemas. Mas um conto, pode variar de 1 a 50 páginas. E geralmente, um livro não é publicado apenas com um conto. Então para via de regras, vamos definir que seu livro deve ter mais de 50 páginas.

Segundo: Cuidado com o volume de páginas. Sim, o livro é seu. Mas vai ser do leitor também. E talvez de uma editora. Cuidado com livros muito extensos. Um: O valor unitário será caro. Dois: A editora pode não se interessar pelo tamanho. Três: Os leitores podem desanimar com um livro de 700 páginas. Minha dica se seu livro ficou muito extenso. Faça dois volumes.
Gisa, qual o número de páginas ideal então?
Não há. Eu diria que algo entre 130 e 300 é suficiente para contar uma boa história.
Eu sei que sou suspeita para falar. Meu primeiro livro tem 161 páginas e o segundo 201. Mas gente, mais vale um livro curto, do que um livro imenso cheio de encheção de linguiça. Prefiro que um leitor deseje mais páginas, do que termine o livro e diga: "Credo! Esse livro podia ter sido escrito em um capítulo só". E os leitores falam gente. Eu falo isso também. Antes você criar uma história maravilhosa com 100 páginas, do que enrolar em 400.

Claro que certos livros não podem ser escritos em 100 páginas. Não seria suficiente. Já pensou HP 7 em 100 páginas? Não ia rolar. Mas a J.K. já era consagrada quando ela escreveu o último HP. Os fãs leriam até 2000 páginas. Mas você percebeu como ela foi aumentando o número de páginas gradativamente? Isso porque livros muito grossos, funcionam bem com escritores consagrados. Escritores novatos eu aconselho cortar páginas.

Outra coisa importante. Tenha seu livro, 100 ou 5000 páginas. leitor quer conteúdo. De conteúdo a ele. Não deixe sua história morrer. Tenha sempre agitação na trama.
Esse é um truque que eu uso e aprendi lendo livros que não tinham essa pegada e eu me sentia frustrada. Mude o rumo da história o tempo todo. Não deixe o leitor descansar. Jogue os personagens de um lado para o outro. Para frente e para trás. Mas não vale repetir as mesmas táticas. Tipo num romance: "Daí a mocinha fica com o mocinho, fica com o vilão, volta pro mocinho, foge com o vilão, se arrepende e volta pro mocinho e eles vivem felizes para sempre." Isso não. Porque fica chato. Crie novas situações. Mocinho e mocinha brigam. Mocinho volta pra cidade natal. Mocinha conhece vilão. Se apaixona pelo vilão. Mocinho volta. Mocinha fica em dúvida. Mocinho mata vilão. (Quem é que é mocinho de verdade nessa vida?) . Mocinha não quer mocinho. Mocinho quer se matar. Mocinha não deixa. E viveram felizes para sempre. Ok. Viajei. Mas deu pra entender.

Então é isso. Não importa tanto o número de páginas. A questão é conteúdo. E não esqueça. Não deixe nunca seu leitor descansar. Ele precisa ficar assim: "só mais uma página. Depois que eu ler essa frase eu paro." Sério. Se você conseguir isso, você ganhou um leitor para sempre.

E vocês ? Escrevem longas ou curtas histórias? E você

leitor? É ou não é verdade o que eu disse? Comentem aí galerinha!
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É claro que não se mede a qualidade de um livro pela sua quantidade de páginas.
Kafka, por exemplo, era famoso por encerrar em pouquíssimas páginas estórias imortais e que, para sempre, marcaram a literatura mundial. Dostoievsky, por outro lado, seguia em uma linha oposta.
Verdade seja dita, cada autor tem o seu estilo – que inclui não apenas características da sua narrativa como, também, claro, o espaço que precisa para contar a sua estória.
Por outro lado, para quem está “do outro lado do balcão”, é irresistível olhar para os números tentar extrair deles conclusões mais matemáticas. Foi o que fizemos por esses dias, movidos pela mais pura curiosidade – e chegando a resultados no mínimo curiosos.
Existe relação entre quantidade de páginas de um livro e vendas? A paixão pela produção literária praticamente nos impõe um fervoroso “não” na garganta – mas os números parecem gritar um sim.
Aqui no Clube, 85% de todos os livros vendidos tem entre 100 e 170 páginas.
E, apesar dos números parecerem proporcionais (disponibilidade x vendas) em livros maiores, o mesmo parece não ocorrer com títulos com menos de 100 páginas.
Ou seja: livros, por exemplo, com 50, 60 páginas, acabam afastando os seus leitores em potencial e apresentando números de vendas significativamente menores do que a média.
Se há alguma relaçào já comprovada entre tamanho e vendas, não sabemos dizer. Mas que há uma relação prática e que já começamos a sentir aqui no Clube de Autores, isso há!
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