quarta-feira, 18 de abril de 2018

Artigo O que é e o que não é pleonasmo.


O que é e o que não é pleonasmo, parte 1 de 2.

O pleonasmo (conhecido também como redundância) pode ser tanto um vício de linguagem quanto uma figura de linguagem.

O pleonasmo literário se diferencia do pleonasmo vicioso por trazer a repetição de termos só para dar forte ênfase a algo em um texto e enriquecê-lo, não como algo desnecessário e inútil e por desconhecimento das normas gramaticais.

O primeiro caso se chama pleonasmo vicioso, já o segundo caso se chama pleonasmo literário.

No caso de "Eu vi com meus próprios olhos.", é duplo pleonasmo vicioso: você só vem com seus olhos e "meus" e "próprios" significam exatamente a mesma coisa.

O pleonasmo vicioso é a repetição desnecessária e inútil de ideias na mesma expressão, frase ou oração, já o pleonasmo literário é a repetição como forte ênfase de ideias na mesma expressão, frase ou oração.

Um excelente exemplo de pleonasmo literário é "Ele interpretou a si mesmo.", já que, muito embora se ele se interpretou, só poderia ser ao mesmo, está apenas reforçando bem a ideia.

O que é e o que não é pleonasmo, parte 2 de 2.

Agora, tem um ex-pleonasmo: "Comparecer pessoalmente.", pois, com o avanço da tecnologia digital, já é possível comparecer através de chamada de videoconferência.

E quatro casos em que não existem pleonasmos, só que muitas pessoas afirmaram existirem, sim:
"Amigo pessoal." (existem amigo virtual, amigo por telefone e amigo por carta.)

"Grande maioria." (Se você pega 53 pessoas de 100, é maioria, mas não grande, já se você pega 97 pessoas de 100, é grande maioria.)

"Nova criação." (sem ter o que comentar: quem ou o que já foi criado (a), uma vez criado (a), sempre será criação, mesmo que bem antiga, a menos que seu autor a desfaça.)

"Certeza absoluta." (a pessoa pode estar certa em partes, assim como, por exemplo, ela pode estar certa de que perdoou um antigo desafeto, mas não que ainda quer a amizade dele (a))."

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