Sávio Christi, 23/12/2018 (data da postagem original)
Lá estava eu mesmo, perambulando pelas ruas da metrópole, em plena noite.
Tinha um pouco de cada coisa por lá: um trânsito caótico, pessoas brigando, animais correndo com seus donos, a polícia andando em ritmo desenfreado, casais se estranhando e donos de bar reclamando da ausência de clientela.
Isso sem contar alguém atrás de mim, uma pessoa querendo me alcançar a todo custo e de forma incessante e sistemática.
Eu fiquei pensando comigo mesmo: "Quem será essa pessoa e de onde será que ela veio?".
De prontidão, levei um baita de um susto, já que isso é algo bem atípico para mim, ainda mais que não sou tão conhecido e popular assim na realidade.
Corri o mais depressa que pude, não parei para respirar por um segundo sequer e até corri o risco de escorregar ou tropeçar, mas isso não adiantou: aquela pessoa chegou até mim.
Pronto, acabei desistindo, me rendendo e me entregando de vez, fossem quais fossem as verdadeiras intenções do mentecapto.
Este então se virou para mim e me disse: — É com você mesmo que eu quero falar! Pensa que me esqueci do que você fez? Certas coisas, não se esquece! Irei direto ao ponto então: você foi lá em casa me dar um abraço, me emprestou um dinheiro para ajudar no tratamento cirúrgico de minha mãe e não veio buscar a quantia de volta!
E eu lhe respondi: — Mas eu não lhe emprestei nada, meu amigo! Eu lhe dei do fundo de meu coração e de minha alma! Eu não ligo para coisas materiais, prefiro ver meus amigos bem felizes!
Em seguida, ele apertou minha mão e me disse: — Você é um cara impagável em todos os sentidos, gosto demais da ideia de estar entre seus amigos!
Depois disso, fomos fazer um lanche juntos (por minha conta, é claro), nos despedimos e cada qual foi para sua casa, todo calmo, quieto e tranquilo.
FIM
(História não relacionada à minha pessoa, sendo somente qualquer coisa vinda de minha imaginação fértil demais)
(Para aqueles que possuem um verdadeiro amigo, não se esqueçam dele, por mais que o destino o coloque em outro plano existencial, já que a morte não apaga as ótimas lembranças)
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