Com a mais recente reforma
ortográfica (conhecida também como acordo ortográfico), muita gente passou a
afirmar que o K, o W e o Y voltaram a pertencer ao português; mas de onde foi
que tiraram que essas três letras já saíram dele?
Em todas e quaisquer enciclopédias, dicionários e gramáticas, essas letras aparecem regularmente, só que não com tanta frequência; considerando que puderam ser trocadas por outras com fonemas equivalentes em muitas palavras!
São letras muito mais comuns em inglês e espanhol; o que, é claro, não significa que tenham deixado de existir em português!
E falando no espanhol, se eles
têm o Ñ (enhe) deles como sendo uma letra existente a par do N, certamente que
devemos tratar igual nosso Ç (cê cedilha) em comparação ao C afinal!
O Ç existia no espanhol, isso até ser
abolido por um acordo ortográfico do século XVIII, não muito diferente do nosso
atual; quando foi substituído pelo Z, embora o Ç ainda exista no Catalão
(falado na Catalunha, uma região autônoma da Espanha que busca a
independência).
Resumindo: como implica o título
deste artigo, o alfabeto português possui 27 letras e idem para o espanhol!
O inglês é que possui 26 letras
mesmo, além de não possuir nenhum sinal gráfico, embora ainda possua
determinadas palavras importadas do próprio português e do francês também com o
acento agudo sendo mantido.
A propósito, o til, o trema e a
crase (o segundo dos três em questão ainda existente em espanhol) não são
acentos: o acento serve para indicar a sílaba tônica da palavra; e; em
português, os acentos se chamam acento agudo e acento circunflexo (o primeiro
dos dois também existente em espanhol)!
E em tempo: fora do Brasil,
vogais que são precedidas de consoantes nasais (M e N) são abertas, não
fechadas, explicando assim o porquê de os demais países lusófonos escreverem
determinadas palavras com o acento agudo (o Brasil foi quem modificou;
não sei por que; portugueses e angolanos que conheço menos ainda!)!