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domingo, 11 de março de 2018

Um artigo sobre religião e três artigos sobre artes e história (o último deles inédito).

Diferenças entre deísta, teísta, panteísta, ateu, agnóstico e cético.

Deísta: acredita em Deus e em milagres e revelações espirituais.

Teísta: acredita em Deus, mas não em milagres e revelações espirituais.

Panteísta: acredita em Deus como o centro do universo, tratando Deus como uma parcialidade do próprio universo.

Ateu: não acredita em Deus e o motivo varia entre um e outro ateu.

Agnóstico: não acredita em Deus até que lhe convençam do contrário por não possuir conhecimento suficiente, possuindo também muitas incertezas.

Cético: não acredita em pessoas, lugares e coisas que não pode ver, não se destinando exclusivamente à religião.

Correlações entre as artes e a história, parte 1 de 3.

As pinturas rupestres (conhecidas também como arte rupestre e que foram as primeiras tentativas de se unir textos e imagens para se narrar algo, sendo tidas, portanto, como os primórdios das histórias em quadrinhos) surgiram no Período Paleolítico da Idade da Pedra em 4000.000 a.C. É aí que se inicia a história da arte. Rupestre significa rochoso (a), das rochas.

Inspirada pelas pinturas rupestres, surgiu a primeira tirinha, presumidamente, na década de 1890. O caso é que não se sabe, de fato, qual foi a primeira; havendo; no mínimo, três candidatas: The Yellow Kid (que teria saído em qualquer um dos anos consecutivos entre 1894 e 1897), Os Sobrinhos do Capitão (The Katzenjammer Kids ou The Captain and The Kids, que teria saído em 1897 também) e Comic Cuts (que teria saído em 1890 já em um gibi, ou seja, não passou por algum jornal antes). Por outro lado, a primeira tirinha para adultos teria sido Krazy Kat (que teria saído em 1913). A primeira tirinha não foi a primeira história em quadrinhos, vide as próprias pinturas rupestres, as primeiras charges e os primeiros cartuns. Dois vídeos de diferentes autores sugerem mais nomes: https://www.youtube.com/watch?v=r0Hkp32PdmE e https://www.youtube.com/watch?v=xTQSl6cOsGc&t=436s.

As primeiras charges e os primeiros cartuns (considerando que as charges e os cartuns também são histórias em quadrinhos, já que são narradas em formas de quadros, possuem personagens estáticas e as falas, pensamentos e cantorias (algumas histórias em quadrinhos contêm uma ou mais músicas) são feitas através de balões) surgiram em 1801 e 1841, respectivamente. A charge surgiu como manifestação política contra a realeza da França e o cartum surgiu em um concurso de desenho organizado pela realeza do Reino Unido.

Correlações entre as artes e a história, parte 2 de 3.

Manifestações como o renascentismo, o cubismo, o expressionismo e o surrealismo são movimentos artísticos e históricos ao mesmo tempo, já que foram ambientados em períodos específicos da história e causaram algum tipo de impacto nas artes visuais, na literatura e na poesia no mundo inteiro. A poesia, embora seja, tecnicamente falando, um subgênero da literatura, possui características próprias que a tornam extremamente marcante e independente. Assim como a literatura, embora seja, tecnicamente falando, uma das muitas artes visuais (conhecidas no passado como artes plásticas), também é considerada muito mais como algo à parte.

O Drácula foi criado em 1897 em cima de uma figura histórica, Vlad Tepes III, conhecido também como Príncipe da Valáquia, Vlad, o Empalador, Vlad III Draculea (grafado também como Drakulya) ou "Vladislav" Vlad Țepeș. Seu pai, Vlad II pertencia à Ordem dos Dragões (Draculs), onde dracul significa filho do dragão em romeno. Isso é muito bem explicado no livro O Historiador (o segundo da Trilogia Drácula, lançado entre o livro original (Drácula) e Drácula, o Morto-Vivo). O primeiro livro é de autoria Bram Stoker, o segundo (de 2005) é de autoria de Elizabeth Kostova e o terceiro (de 2009) é de autoria de Dacre Stoker e Ian Holt, ambos os últimos, respectivamente, sobrinho-bisneto e historiador de Bram Stoker.

Determinados chargistas fazem charges políticas (a política faz parte da história antiga ou atual de um país ou de um território, sendo que o Brasil, os Estados Unidos e a Argentina são ótimos exemplos disso). No Brasil, destacam-se como chargistas políticos Ziraldo e os irmãos gêmeos Paulo Caruso e Chico Caruso, este último pai do artista multimídia Fernando Caruso (bastante famoso como profissional de audiovisual).

Correlações entre as artes e a história, parte 3 de 3.

Monumentos como a Torre de Pisa, o Coliseu, a Torre Eiffel e o Arco do Triunfo são obras artísticas que representam contextos históricos. Isso também faz parte da história da arte.

A história é relatada em muitos livros (há quem trate a literatura como não sendo arte, o que está errado, já que as artes expressam e transmitem pensamentos e sentimentos. O que significa que a poesia, e, até mesmo, o roteiro (que é o nome dado ao texto que compõe uma história em quadrinhos ou uma produção audiovisual) também é arte. Também há histórias em quadrinhos, livros e filmes com histórias narradas partindo de fatos e eventos históricos. Em inglês, história verídica é history e história inventada é story, já em português e em espanhol, ambas são história (historia em espanhol). No caso, o estrangeirismo estória (estoria em espanhol) já foi abolido de vez.

Artes que também são esportes como o balé, a capoeira e a ginástica rítmica têm origens históricas (artes por serem manifestações culturais que expressam e transmitem pensamentos e sentimentos, bem como esportes por fazerem com que o corpo se exercite e se movimente bastante).

Estilos de desenho como a caricatura, o realismo e o design também surgiram em períodos históricos. O estilo de desenho realismo é diretamente derivado do movimento artístico original, que também inclui outras artes visuais, a literatura e a poesia, seguindo o exemplo dos outros movimentos artísticos e históricos já mencionados, bem como de muitos outros (são tantos que nem dá para listar todos). Não confundir realismo com naturalismo e vice-versa, sendo que o naturalismo original também inspirou um estilo de desenho. Além disso, embora o design seja muito mais técnico do que artístico, a arte exige técnica; e; igualmente, a técnica exige arte. E, válido de curiosidade, a mistura entre a caricatura e o realismo resulta na caricatura realista.

(Quem souber de mais exemplos de correlações entre as artes e a história, pode me passar por e-mail que será creditado (a) na próxima atualização deste artigo: saviochristi@outlook.com)

Diferenças entre o realismo das artes visuais e o realismo da literatura.


Influenciado pelas teorias materialistas, o realismo surgiu na Europa, na segunda metade do século XIX. No Brasil, seu principal representante foi o escritor Machado de Assis. O marco do realismo na Europa foi registrado em 1857, com a publicação do romance Madame Bovary, do escritor francês Gustave Flaubert.

O realismo das artes visuais é bastante diferente do realismo da literatura, ainda que sejam o mesmo movimento artístico e histórico realmente.

Realismo das artes visuais:
retrata as coisas como elas são na realidade por meio de imagens. Isso inclui a miséria e a pobreza, os horrores da guerra e a nudez do corpo humano. O realismo das artes visuais inclui artes como desenho, pintura, escultura, fotografia, gravura e arquitetura. Alguns artistas visuais do realismo incluem os franceses Gustave Courbet (pintor), Édouard Manet (pintor), Honoré Daumier (pintor, gravurista e caricaturista), Jean-François Millet (pintor), Théodore Rousseau (pintor paisagista), Jules Breton (pintor e poeta), Jean-Baptiste Camille Corot (pintor realista) e Auguste Rodin. Outros nomes incluem os brasileiros Georg Grimm, Modesto Brocos, Benedito Calixto Castagneto, Clóvis Graciano (paisagistas) e Candido Portinari (pintor).

Realismo da literatura: retrata as revoltas sociais e da insatisfação política, tendo sido fortemente influenciado por temas como o socialismo e o nacionalismo, bem como pela Revolução Industrial, esta última surgida na Inglaterra. Alguns escritores do realismo incluem Augusto Comte (francês), Karl Marx (alemão), Émile Durkheim (francês), Max Weber (alemão) e Gustave Flaubert (francês). Outros nomes incluem os brasileiros Machado de Assis, Arthur Azevedo e Aluísio de Azevedo, este último irmão mais novo do anterior. Segundo o filósofo americano Hilary Putnam, o realismo de literatura se divide em três tipos: materialismo, metafísica e convergência.

Observação: a literatura, embora seja, tecnicamente falando, parte das artes visuais, é considerada muito mais como sendo algo a parte.

Existem histórias em quadrinhos que devem ser chamados de literaturas, sim, que são os romances gráficos.

Um romance gráfico é um livro de história em quadrinhos, não é como um gibi ou um fanzine, que se tratam de revistas, a segunda das duas não necessariamente em quadrinhos ou só nele (pode conter também; ou; em vez de histórias em quadrinhos, outras coisas, tais como: textos de ficção científica, músicas e poesias).

Agora, eu sou autor de histórias em quadrinhos e livros e possuo personagens existentes em ambas as mídias, pelo que considero e estimo que autor de quadrinhos não deixa de ser escritor e que quadrinhos e livros possuem pontos em comum.

As histórias em quadrinhos são um tipo de literatura?, parte 2 de 2.

Em tese, a história em quadrinhos é a mistura entre o desenho e a literatura. O romance gráfico que o diga.

A propósito: muita gente na internet anda espalhando que mangá não é história em quadrinhos; e; quando outra gente diz que é, a que espalhou nega. O mangá possui todas as características oficiais e originais de uma história em quadrinhos, mas renovadas. É a mesma coisa do que dizer que anime não é animação.

(Alguns livros didáticos sobre a história em quadrinhos (ou sobre a animação em um dos casos) que eu indico: Curso Completo de Desenho Mangá, Volumes 1, 2, 3, 4, 5 e 6 (da Professora Alessandra Nogueira, baseada na obra de Arthur Garcia), Curso Completo de Desenho, Volumes 1, 2, 3, 4 e 5 (de Eugênio Colonnese), Desvendando os Quadrinhos, Reinventando os Quadrinhos e Desenhado Quadrinhos (de Scott McCloud), Mangá – Como o Japão Reinventou os Quadrinhos (de Paul Gravetti), Heróis e Super-Heróis no Mundo dos Quadrinhos (de Nildo Viana), A Guerra dos Gibis (de Gonçalo Junior), O Grande Livro dos Mangás (de Alfons Moliné), Animaq – Almanaque dos Desenhos Animados (de Paulo Gustavo Pereira), Quadrinhos e Arte Sequencial (de Will Eisner) e Shazam! (de Álvaro de Moya))

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