Sávio Christi: Divagações sobre as artes de desenhar e escrever: Curiosidades, informações e resenhas das minisséries DC vs. Marvel: O Conflito do Século, Universo Amálgama, DC vs. Marvel: Série 2 e DC vs. Marvel: Série 3.

Recentemente, adquiri pelos Correios as quatro minisséries do arco de histórias DC vs. Marvel / Marvel vs. DC (as já citadas DC vs. Marvel: O Conflito do Século, Universo Amálgama, DC vs. Marvel: Série 2 e DC vs. Marvel: Série 3, sendo que a DC Comics publicou as edições 1 e 4 da primeira minissérie, as edições 1 e 3 da segunda minissérie e todas as edições da segunda minissérie, ao passo que a Marvel Comics publicou as edições 2 e 3 da primeira minissérie, as edições 2 e 4 da segunda minissérie e todas as edições da quarta minissérie, também que nenhuma das duas editoras publicou qualquer material inédito independente por um mês inteiro durante as publicações da segunda minissérie, lançada pelo selo temporário da Amalgama Comics) e vim aqui postar algumas curiosidades, informações e resenhas delas sob meu ponto de vista original e irreversível.

Como muitos de vocês já devem saber, os ex-editores Mark Gruenwald and Mike Wiering, da Marvel Comics e DC Comics, respectivamente são amigos de longa data e um apostou com o outro que o universo de sua editora era superior ao da outra, o que resultou em todos esses quadrinhos estrelados por alguns dos principais heróis de cada editora.

Os critérios para que se decidissem quais heróis lutariam contra quais foram estes:

Aquaman contra Namor: ambos são os soberanos da Atlântida.
Elektra contra Mulher-Gato: ambas são as principais anti-heroínas.
Flash (Wally West) contra Mercúrio: ambos são os principais velocistas.
Robin (Tim Drake) contra Jubileu: ambos são os principais adolescentes e ajudantes (sidekicks).
Surfista Prateado contra Lanterna Verde (Kyle Rayner): ambos possuem superpoderes relacionados ao espaço.
Thor contra Capitão Marvel: ambos possuem poderes relacionados a divindades.
Superman contra Hulk: ambos são os mais fortes.
Homem-Aranha (Ben Reilly) contra Superboy (Kon-El / Conner Kent): ambos são clones.
Batman contra Capitão América: ambos são os maiores e melhores estrategistas e táticos e muito bem treinados fisicamente.
Wolverine contra Lobo: ambos são os mais agressivos e selvagens.
Tempestade contra Mulher-Maravilha: a mesma coisa de Thor contra Capitão Marvel, ou seja, ambas possuem superpoderes relacionados a divindades.

Nas histórias da linha DC vs. Marvel, o personagem Acesso (Axel Asher) foi registrado em conjunto por ambas as editoras, não sendo original de nenhuma das duas e somente apareceu uma única vez após o fim da última minissérie, que foi no número 87 do gibi Lanterna Verde.Em 1996, a minissérie original ganhou o Comics Buyer's Guide Fan Award como a melhor série limitada.

E bem, agora, sim, eis minhas considerações desse arco de histórias:

Primeira coisa foi que não teve nada a ver colocarem Ben Reilly contra Kon-El, foi uma inteira e total falta de respeito removerem Peter Parker da história, se bem que na edição brasileira, substituíram Ben por Peter!

Outras coisas incluem a tremenda covardia do Thor vencer o Capitão Marvel só porque Billy Batson estava sem seus superpoderes na hora, o Wolverine e Tempestade do nada ganharem do Lobo e Mulher-Maravilha apenas porque os X-Men estavam em alta na época, a questão toda de que os editores deixaram os resultados metade das lutas (as cinco últimas para ser bem mais exato e preciso!) nas mãos dos fãs (se bem que deu um empate na votação da luta entre Batman e Capitão América!), o Homem-Aranha deveria ter um adversário mais difícil em minha opinião e ainda faltou explorarem os confrontos entre Aço e Homem de Ferro e Arqueiro Verde e Gavião Arqueiro!

A vitória do Batman sobre o Capitão América também não me agradou, mas enfim, fazer o que, não é mesmo?

E tem mais uma coisinha: desde quando a Mulher-Gato e Elektra são heroínas, se elas estão bem mais para anti-heroínas, que é o nome dado àquelas personagens que se dizem como vilãs e agem como heroínas ou vice-versa?

Ah, sim, um adendo: achei nada a ver a Jubileu deixar o Robin vencer apenas porque ele não possui superpoderes e se apaixonou por ele antes!

Também até que ainda vai a ideia original de explicarem que ambos os universos são entidades irmãs e que estavam se descobrindo, ainda que não fosse das maiores e melhores explicações, mas, daí, também a, simplesmente, na última hora, os dois irmãos apertarem as mãos e dizerem um ao outro: "Você foi bem!" será que não foi demais?

Já a minissérie Universo Amálgama foi a mais divertida de todas, seguida da DC vs. Marvel: Série 3 e DC vs. Marvel: Série 2, esta última também nem tão boa assim, só que gostei bastante que nas duas últimas, os enredos foram bem mais variados com heróis lutando contra si ou juntos ou sendo fundidos!

Resumindo: esse arco não foi nem dos melhores, nem dos piores a meu ver, é somente algo que dá para o gasto e engana as vistas, nada mais do que isso!

Recomendo-o para quem não possui muita ou mesma expectativa com relação aos enredos e só está atrás de algo para poder se distrair um pouco, até porque, os desenhos são fabulosos e primorosos, fora que dá para matar bastante a curiosidade de ver como seria um confronto decisivo e definitivo entre ambas as editoras, e, finalmente, há uma belíssima, preciosíssima e valiosíssima lição de moral ao final da minissérie original, que é quando Batman e Capitão América informam aos Irmãos que eles podem continuar coexistindo, e, ao mesmo tempo, serem únicos!
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