Uma coisa que eu sempre achei super bacana em muitos seres humanos (não em todos, obviamente!) é, exatamente e justamente, a capacidade de se comparecerem da dor, do sofrimento e da tristeza do próximo.
Por exemplo, o funkeiro Buchecha, quando perdeu o companheiro, Claudinho, há quase 15 anos (completam-se 15 anos após 10 dias deste artigo!), pensou em desistir de tudo. Para ele, o sonho havia acabado.
Claudinho e ele sempre cantaram não pelo dinheiro, pela influência e pelo poder, mas sim porque gostavam do que faziam, bem como porque muitos fãs sempre gostaram do que eles faziam e era isso o que os mantinha ns ativa. Com a perda prematura de Claudinho, Buchecha sentiu tanto que, para ele, a coisa toda já não tinha mais sentido.
Foi aí que o sertanejo Leonardo, que perdeu o irmão Leandro, de câncer disse bem assim ao amigo (Buchecha e ele são muito amigos na realidade!): "Conheço essa dor, sei o que você está sentindo, mas não para!" (Buchecha justificou dizendo que tinha uma relação com Claudinho que ele não tem com seus irmãos, ou seja, para ele, Claudinho era muito mais irmão do que os irmãos de sangue dele!).
Até que eu gostava bastante de determinadas músicas de Claudinho & Buchecha, assim como gostava bastante de determinadas músicas de Leandro & Leonardo, mesmo não tendo sido fã propriamente de nenhuma das duplas em questão.
Buchecha pensou e sentiu ter perdido um pedaço de si, e, a bem da verdade, perdeu, sim e como, até teve que ser sedado no velório do parceiro. Ainda bem que ele possui amigos tão bons quanto Leonardo, considerando que há muitas pessoas que acham que só o que vale é o que elas pensam e sentem, não o que os outros pensam e sentem também. Está faltando tanto isso assim no mundo, pessoas que reconhecem que as outras não são melhores apenas porque estão na mesma situação.
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