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domingo, 29 de outubro de 2017

Os 3 Detetives e outras histórias, modelos de curtas-metragens.

Sávio Christi.

Histórias:

João Pena Bola em: A Realização de um Sonho (2007).
Os 3 Detetives em: Um Atentado na Casa do Prefeito (2008).
Os 3 Detetives em:  O Misterioso Sequestro do Rato (2008).
Os 3 Detetives em: Uma Viagem Até a Ilha de Portobelo (2008).
Os 3 Porquinhos e Chapeuzinho Vermelho Contra O Lobo Mau (2008).
Os 4 Detetives em: O Mirabolante Mistério Musical! (2009).
A Inspetora em: Um Caso Para Lá de Mortal! (2009).
Os 3 Detetives em: O Intrigante Caso na Casa do Prefeito! (2009).

João Pena Bola em: A Realização de Um Sonho.
Meu irmão dois anos mais velho, o bancário, cineasta e músico capixaba Gerô, que morava comigo me incentivou a escrever um roteiro no formato de cinema, só por experiência mesmo… Eu escrevi este aqui e não gostei, vejam só:

JOÃO PENA BOLA EM: A REALIZAÇÃO DE UM SONHO
JOÃO PENA BOLA: É um jovem rapaz, apaixonado pelo futebol. Seu grande sonho é se tornar parte do Clube de Resgates Flamingo, o melhor clube da cidade. Porém, não possui habilidade nenhuma com a bola.
LUIZ CARLOS LEÃO MARRECCO: É o técnico do Flamingo. Seu time inclui os melhores atletas da cidade, porém, não necessariamente os mais conhecidos.
MICAEL GODOFREDO JORDÃO: É o melhor goleiro disponível no Flamingo e defende como ninguém. Até hoje, não encontrou um adversário à altura. É alto e sua pele é branca.
GENIVAL PERNETA, O GÊNIO: É um gênio que viveu muitos anos dentro dum bule encantado. Satisfaz 5 desejos de quem quer que o liberte e, depois, volta para o bule de novo, sempre à espera de um novo amo.
Era uma vez um jovem rapaz, chamado João Pena Bola. Seu grande sonho era ser um grande jogador de futebol, porém, estava fora de forma, alem de não ter habilidade nenhuma com a bola. Certo dia, João andava sem rumo, como de costume, apenas pensando em suas frustrações e tristezas.
(JOÃO SEGUE CAMINHANDO, COMO QUEM NÃO POSSUI RUMO ALGUM)
JOÃO (pensando alto e de uma forma não muito animada / positiva): -Puxa vida! Eu queria tanto ser um craque… Mas, pelo tipo, isto nunca será possível. Felizes daqueles que tem talento, habilidade e boa forma.
Foi quando João, sem olhar por onde andava, acabou tropeçando nalguma coisa.
JOÃO (gritando bem alto): -AAAAAAUUUUUU! Mas quem foi que largou este bule velho, bem aqui, no meio do caminho? Peraê… Eu disse bule velho? Mas… O que será que há dentro dele?
João, então, decide esfregar o bule (UTILIZANDO UM LENÇO VELHO QUE ESTAVA EM SEU BOLSO), ao que, em sua resposta, sai um gênio.
(O GÊNIO SAI DE DENTRO DO BULE, FAZENDO UMA CARA DE EXTREMA EMPOLGAÇÃO)
GÊNIO (animadíssimo): -OLÁ!
(JOÃO LEVA UM SUSTO MUITO MAIOR DO QUE O TIDO POR QUALQUER VÍTIMA DE TERRORISMO)
JOÃO (gritando apavoradamente): -UUUUUUUUAAAAAAAAIIIIIIIIIIII!
GÊNIO (tentando manter a calma): -Calma, eu não lhe farei mal algum.
JOÃO (tentando se recuperar do susto): -Q-quem é você?
GÊNIO: -CA-HAM! Permita-me apresentar-me. Sou Genival Perneta, o gênio.
JOÃO (um pouco mais calmo): -E o que você quer de mim, afinal?
GENIVAL: -Você esfregou o bule encantado e, dele eu saí. Agora, você, tem direito a 5 pedidos, livremente.
JOÃO: -Isto não é um truque, é?
GENIVAL: -Não é não, confie em mim. Vamos, peça qualquer coisa e verá como é verdade.
JOÃO: -HUM… Está bem. Desejo ter o talento futebolístico do Romaldo Femônemo.
GENIVAL: -Que assim seja, meu amo!
(O GÊNIO FAZ UM GESTO COM SUAS MÃOS, APONTANDO EM DIREÇÃO A JOÃO)
“”ZAP!”"
GENIVAL: -Muito bem, agora… Experimente o seu talento. Aqui tem uma bola.
JOÃO: -Beleza! Vamos ver… Aquelas duas latas de lixo podem ser o gol. Lá vai uma, lá vão duas, lá vão três e… (JOÃO DÁ UM TREMENDO DUM CHUTE NA BOLA, COMO QUEM FINALMENTE ”APRENDEU” A JOGAR FUTEBOL) É GOOOOOOLLLLLLLLL!!! Caraca! Funcionou, Gênio! Você é demais!
GENIVAL: Genival, para você. Viu só como não era brincadeira? E aí, vai querer os outros pedidos agora ou depois?
JOÃO: -Deixe para mais tarde, por favor. Por enquanto, só quero mesmo é curtir esta sensação.
GENIVAL: -Está bem, você é quem sabe. Se precisar, é só esfregar o bule. Adeusinho!
(O GÊNIO DESAPARECE, TÃO RAPIDAMENTE QUE NINGUÉM NEM TEM TEMPO DE PISCAR O OLHO)
“”PUF!”"
JOÃO: -Agora, vou mostrar para o técnico Marrecco e aqueles pulhas do Flamingo uma coisa. Eles disseram que eu era muito fraco para ingressar no time, que eu era muito mole, que isso, que aquilo…
(JOÃO SEGUE EM DIREÇÃO À SEDE DO FLAMINGO, COM UMA CARA DE MAIS DETERMINAÇÃO DO QUE NUNCA)
“”SEDE OFICIAL DO CLUBE DE RESGATES FLAMINGO“”
JOÃO: -Bom dia a todos, eu gostaria de…
MARRECCO (fazendo cara de poucos amigos): -Outra vez você aqui, João? Já não lhe expliquei que você não pode entrar para o time?
JOÃO: -Acontece, meu caro Luiz Carlos Leão Marrecco que, eu andei treinando e, agora, aprendi a jogar.
MARRECCO: -Pois duvido muito, só vendo mesmo.
JOÃO: -Pois que seja, acompanhe-me até o gramado.
MARRECCO: -E por que não? Afinal, vivo perdendo o meu tempo com futilidades mesmo…
JOÃO: -Chame o melhor goleiro que você tem, para fazermos o teste.
MARRECCO (usando um tom de voz um pouco superior ao normal): -Bem, está certo. Micael Jordão, venha até aqui um instante!
MICAEL: -Fala, chefia!
MARRECCO: -E o seguinte: nós faremos um teste de admissão com o nosso amigo aqui e ele quer demonstrar que sabe jogar. Para tanto, você deve ficar no gol, enquanto ele chuta, entendeu?
MICAEL: -Moleza! Vamos lá, meu bróder!
(JOÃO SE PREPARA PARA CHUTAR A BOLA)
MICAEL (pensativo): -RI, RI! Ta no papo! Esse cara deve ser tão ruim que e capaz que ele não acerte um gol nem em 300 Mil anos.
(JOÃO FAZ UMA POSE COMO SE ESTIVESSE SE PREPARANDO PARA GARANTIR A VITÓRIA A SEU TIME)
JOÃO: -Lá vai o grande chute! E um, e dois e…
MICAEL: -Pode mandar, meu chapa!
(JOÃO DÁ UM BELO CHUTE, MAIS VIOLENTO DO QUE VELOZ)
“”TUM!”"
JOÃO (gritando): -E É GOOOOOOOLLLLLLLLLLLLL!
MICAEL (pasmo): -M-mas… Mas como? Até hoje, ninguém nunca me fez um gol tão perfeito.
JOÃO: -Elementar, meu caro Micael. Conforme eu disse ao Sr. Marrecco, andei treinando.
MICAEL: -Não pode ser. Uma humilhação destas…
JOÃO: -Meu caro, neste mundo velho, tudo é possível. Agora, quero ver o Marrecco não me contratar.
(MARRECCO VEM SE APROXIMANDO, COMO QUEM ESTÁ TÃO ADMIRADO QUANTO POSSÍVEL)
MARRECCO: -Eu vi a sua demonstração com a bola, meu rapaz. Voce se saiu muito bem, meus parabéns!
JOÃO: -Obrigado. Isso significa que o senhor vai me contratar?
MARRECCO (respondendo de uma forma não muito elegante): -NÃO!
JOÃO (confuso): -Mas o senhor disse que… E eu pensei que…
MARRECCO (em tom de total discordância): -Jogando desse jeito, até o Romaldo Femônemo. O nosso time precisa de craques com estilos diferenciados e inovadores, habilidades nunca vistas antes, saca?
JOÃO: -Tudo bem… Mas, de qualquer forma, agradeço pela atenção.
(MARRECCO ACOMPANHA JOÃO ATÉ A SAÍDA DO CLUBE, COM UMA CARA PIOR DO QUE A DE QUANDO JOÃO APARECEU NA SEDE, HÁ POUCO TEMPO)
JOÃO (esfregando novamente o bule): …
GENIVAL (mais contente do que da última vez): -OLÁ, MEU AMO!
JOÃO: -Ouça, Genival. Eu desejo ter um talento superior ao do Romaldo Femônemo, entendeu?
GENIVAL: -Você é quem manda. Lá vai!
(NOVAMENTE, O GÊNIO MOVIMENTA SEUS BRAÇOS, EM DIREÇÃO A JOÃO)
“”ZAP!”"
JOÃO (se garantindo): -Agora sim! Ele vai ficar impressionado com o meu novo estilo.
UMA SEMANA DEPOIS…
(NOVAMENTE, JOÃO SE DIRIGE À SEDE DO FLAMINGO, APARENTEMENTE MAIS DETERMINADO DO QUE DA ÚLTIMA VEZ)
“”SEDE OFICIAL DO CLUBE DE RESGATES FLAMINGO“”
JOÃO (como quem quer fazer uma saudação): -Olá, Marrecco!
MARRECCO (furioso): -Você de novo? Mas será que eu necessito ser mais claro?
JOÃO (calmíssimo): -Antes, me escute, por favor.
MARRECCO (menos irritado): -O.K., O.K.! Mas veja se não toma muito o meu tempo, hein?
JOÃO: -Pode deixar. O negócio e que, eu andei treinando ainda mais e, gostaria de fazer uma nova demonstração de minhas habilidades futebolísticas.
MARRECCO (mais calmo ainda): -Duvido muito que tenha se superado, mas… Vamos lá. Enfim…
MICAEL: -Veja lá o que você vai fazer, Sr. Pena Bola. Se der vexame, e certeza de que o Marrecco não vai querer você.
JOÃO (confiante): -Pois bem, você verá o meu novo estilo e técnica de jogo.
(JOÃO DÁ UM BAITA CHUTE, MIL VEZES MELHOR DO QUE O ÚLTIMO DADO, NA MESMA OCASIÃO)
“”TUM!”"
JOÃO (gritando): -E É GOOOOOOOLLLLLLLLLLLLL!
MARRECCO (em tom de reprovação) : -Não adianta, João. Voce terá de se conformar em ficar fora do time.
JOÃO (confuso): -Mas por que, Marrecco? O senhor não viu que eu melhorei?
MARRECCO: -Evidentemente que sim, meu caro jovem.
JOÃO (mais confuso ainda): -Mas então…
MARRECCO (bravo): -O que você quer? Que o resto do time pareça um fracasso? Com um talento igual ao seu, todo mundo vai ficar com inveja e, podem até se sentirem humilhados.
JOÃO (com cara de quem não sabe muito bem o que dizer): -Mas…
MARRECCO (com cara de rabugento): -Passar bem!
GENIVAL: -E então, meu amo? Qualé o seu próximo desejo?
JOÃO (decidido): -Eu quero perder todo o talento que você me conferiu e voltar ao que era antes.
GENIVAL (rejeitando a idéia) : -Tem certeza, meu amo?
JOÃO (determinado): -Sim, eu tenho!
GENIVAL: -Tá legal, então.
(COMO NAS OUTRAS VEZES, O GÊNIO APONTA EM DIREÇÃO A JOÃO)
“”ZAP!”"
GENIVAL: -E quanto aos seus outros pedidos? Já decidiu o que vão ser?
JOÃO (fortemente resolvido): -Sim, já.
GENIVAL: -Que ótimo! E o que vão ser?
JOÃO (decidido): -Desejo que você seja livre e feliz.
GENIVAL (meio confuso): -Está mesmo certo disto? Veja bem, você ainda tem 2 pedidos e pode usá-los, como quiser.
JOÃO (sem medo de se arrepender): -Sim, é isso mesmo. Você disse que eu poderia pedir o que bem quisesse e, o que eu quero é exatamente isto.
GENIVAL (inconformado): -Mas…
JOÃO: -Vamos, o que está esperando?
GENIVAL: -Bem, está bem. Lá vai!
(O GÊNIO ENTÃO DESAPARECE, MAIS RÁPIDO DO QUE NAS OUTRAS VEZES)
“”PUF!”"
JOÃO: -Foi melhor assim. Acho que, no fundo no fundo, eu não sirvo para jogar nem futebol de salão.
UMA SEMANA DEPOIS, NO CAMPO DO FLAMINGO…
JOÃO (na platéia): -Já que eu não posso jogar, vou, então, assistir ao jogo.
“”HOJE: FLAMINGO X CRUZADO“”
COMENTARISTA (animadíssimo): -E o jogo está para começar! Representando o Flamingo, estão reunidos: o goleiro Micael Jordão, Negão, Palito, Cenourinha, Zeca Paiva, Jocarlos, Pedrosa, Marcinho, Beiça, Topetão e Ronaldo Capixaba. E entra em campo a equipe do Cruzado.
SR. JUIZ (apitando com força): -PRRRRRRRRIIIIIIIIII!
COMENTARISTA (empolgadíssimo): -E começa o jogo! Zeca Paiva passa a bola para Jocarlos. Jocarlos faz um drible em Chiquinho e tem a bola tomada por Bolinha. Bolinha então corre para a trave e… É GOOOOOOOOLLLLLLLLLL!!!!!!!!!!!!!!!!
PEDROSA (furioso): -Como deixou eles fazerem esse gol, Micael?
MICAEL (como quem não sabe se justificar): -ORA, pare de reclamar! Quando não é um time, é o outro que faz um gol.
E O TEMPO VAI PASSANDO…
COMENTARISTA (surpreso): -Mas é impressionante, minha gente! Os dois times estão prestes a empatar! O Flamingo com 18 gols e o Cruzado com 17. Será possível que o empate vai ocorrer?
MARRECCO (desesperado): -AI, meu Deus! Se o outro time empatar, nós estaremos fritos. Tomara que o time consiga fazer outro gol, logo.
ENTRETANTO…
CRUZADO (em coro): -GOOOOOOOOLLLLLLLLL!
COMENTARISTA (espantado): -E é espantoso, minha gente! O goleiro Antonísio acaba de fazer um gol clássico! E agora, como será que o Flamingo reagirá a esta humilhação?
MARCINHO (gemendo): -AAAAAAAAIIIIIIIIIIII!
SR. JUIZ (invocado): -PRRRRRRIIIIIIIIII!!! Falta! O atacante Bolinha está expulso, por ter machucado o volante Marcinho!
BOLINHA (tentado se justificar): -Mas… Foi sem querer! Ele colocou a perna onde não devia e…
SR. JUIZ (consciente): -Lamento, mas, esta não é a primeira vez que você, nesta partida machuca um adversário. Portanto, trate já de se retirar, por favor.
BOLINHA (resmungando): -SACO!
BOLINHA (gritando): VOCÊS VÃO VER GALERA! O TIME NÃO É A MESMA COISA SEM MIM, OUVIRAM?
MARRECCO (muito mais desesperado): -Era só o que me faltava! Parece maldição, o jogo empatado e, nosso melhor craque acaba de sofrer um pontapé.
PALITO: -Pois é, chefia. E nós não temos mais reservas, todos eles foram expulsos, se feriram ou sofreram falta.
MARRECCO (em pânico): -QUE DESGRAÇA, EU NÃO QUERO PERDER O JOGO! POR QUÊ, LOGO COMIGO?
De repente, Marrecco reconhece João Pena Bola, junto à platéia.
MARRECCO (animado): -Sim, é isso!
PALITO (confuso): -É isso o quê, senhor?
MARRECCO: -Já tenho a solução!
PALITO: -O que o senhor pensa em fazer?
MARRECCO (gritando e acenando): -EI, PENA BOLA! VENHA ATÉ AQUI UM INSTANTE, POR FAVOR!
JOÃO (confuso): -Quem, eu?
MARRECCO (falando em tom médio): -SIM, VOCÊ!
APÓS UM BREVE DIÁLOGO…
JOÃO (surpreso): -Cumequié a história? O senhor deseja que eu jogue no seu time?
MARRECCO: -Foi o que você acabou de ouvir!
JOÃO (perplexo): -Mas, o senhor havia dito que…
MARRECCO: -Esqueça o que eu disse, meu rapaz! Vá lá e dê o melhor de si!
JOÃO (determinado): -O senhor é quem manda!
COMENTARISTA (surpreso): -Uma surpresa, minha gente! No lugar de Marcinho, entra ninguém mais, ninguém menos do que… João Pena Bola!
JOÃO (exaltadíssimo): -Olha eu aqui, gente!
COMENTARISTA: -João Pena Bola dribla Maloco, passa a bola para Jocarlos, que dribla Claudionor e depois repassa a bola para João Pena Bola. Carequinha toma a bola dos pés de João Pena Bola, e passa a bola para Chiquinho, que tem a bola roubada por Palito, que passa a bola para Negão, que passa a bola para João Pena Bola. E agora… João Pena Bola aproxima-se da trave adversária e se prepara para fazer um belo gol. Sera que ele consegue, minha gente? (Pausa…) E e GOOOOOOOOOOLLLLLLLLL!!!!!!!!!! A torcida do Flamingo e os colegas de João Pena Bola comemoram em grande estilo!
NO FINAL DO JOGO…
CENOURINHA (admirando o grande feito de João, pondo a mão em seu ombro): -Parabéns, cara! Se não fosse por você, a gente teria perdido.
JOÃO (de forma modesta): -Ora, o que e isso…
MARRECCO (contentíssimo, abraçando João): -Meus parabéns, João! Eu sabia que poderia confiar em você.
JOÃO (ainda modestamente): -Ora… Eu apenas fiz o que deveria ter feito, nada mais.
MARRECCO (admirado): -É, você não foi tão bem como naquele dia, mas… Deixe para lá. O que importa é que, você honrou o time.
JOÃO (sem graça): -Obrigado, mas… Eu já me conformei com o fato de que não poderei jogar mais no time.
MARRECCO (espantado com a declaração): -O quê? Mas você está é brincando! É lógico que vou querê-lo no meu time.
JOÃO (mais alegre do que surpreso): -O senhor… Fala sério?
MARRECCO: -E como não? Depois da vitória que você conferiu à equipe…
JOÃO: -Pois, eu sinto que, minha presença vai animar bastante o time.
MARRECCO (de acordo com João): -Meu chapa… Disto aí, não tenha dúvidas!
JOÃO (pensativo): ”Pois é. Acho que, afinal, mesmo desistindo dum sonho, a gente consegue realizá-lo.”
GENIVAL (de longe): -Pois é… Ele não precisava ter o talento equivalente ou superior ao de nenhum craque…
GENIVAL (piscando o olho): -Precisava apenas soltar e despertar o seu talento interior, que vivia escondido, sem ele saber.
Moral da História: Quando você quer um pato morto, no final, ele deixa de estar vivo.
FIM

Os 3 Detetives em: Um Atentado na Casa do Prefeito.
Os 3 Detetives em: Um Atentado na Casa do Prefeito – Roteiro.
Nesta narrativa completa, pode-se ver até que ponto o trabalho dos detetives é levado a sério (se levado).
Estrelando: Os detetives Hugo Marquesi, Boris Simões e Geno Marquesi.
Gêneros: Policial / Comédia / Suspense / Drama / Mistério.
Roteiro: Sávio Morais Cristofoletti, baseado em argumento de Sávio Morais Cristofoletti e nas personagens criadas por Sávio Morais Cristofoletti.
Sinopse: É aniversário do prefeito de Marombênia. Entre os convidados, estão três detetives muito peculiares: o veterano Hugo Marquesi, seu filho, Geno Marquesi e o amigo dos dois, Boris Simões. Em determinado momento, a esposa do prefeito pede licença aos convidados e vai ao banheiro. Pouco depois, ouvem-se gritos. Os três carismáticos detetives correm até o banheiro, para ver o que ouve. Nada se vê, além da esposa do prefeito, caída no chão, coberta de sangue. Logo, os três detetives são obrigados a investigar o caso. Não que, eles queiram abandonar a farra da festa, claro.
-Meu nome é Hugo Marquesi. Sou um veterano detetive. Aqui, em Marombênia, todos me respeitam. Exceto os vizinhos chatos, os cobradores e os criminosos locais…
-Eu sou Geno Marquesi. Assim como meu pai, o veterano Hugo Marquesi, segui a profissão de detetive. É um trabalho meio monótono, mas… Pelo menos, eu não passo fome… Só mesmo quando eu dou uma festa e, os vizinhos chatos aparecem.
-Eu me chamo Boris Simões. Como meus amigos, Hugo Marquesi e Geno Marquesi, sou um grande detetive. O legal da profissão é que, você sempre tem a oportunidade de provar dos vinhos mais caros e dirigir os carros mais loucos.
Estes três detetives estão sempre dispostos a ajudar à cidade e, também, aos bandidos. Afinal, todos os que vão para a cadeia se livram da tirania de pagar o aluguel e dos vizinhos desagradáveis. O problema deles é que, eles sempre se esquecem de tirar a rolha do vinho e, de fechar a janela do quarto, para ninguém escutar os seus roncos.
Missão do dia: investigar um misterioso atentado, envolvendo a esposa do prefeito e, ainda: voltar a tempo, para conseguir pegar uns salgadinhos e refrigerantes de graça.
NARRADOR: -O prefeito de Marombênia está fazendo anos hoje. Sua idade? Ninguém sabe! O último que tentou perguntar sua idade foi expulso da cidade. Em sua residência oficial, uma ilustre e grandiosa cabana de palha, três entre os vários convidados se sobressaem: Hugo Marquesi, seu filho, Geno Marquesi e o amigo dos dois, Boris Simões. Três famosos detetives, que, têm um mau-hálito terrível e a mania de assistirem à máquina de lavar roupas, quando a TV não funciona.
PREFEITO <SORRINDO>: -Bem, caros e ilustres amigos! Hoje, estou fazendo aniversário! Espero que, todos gostem da festa. No final, teremos bolo de jaca.
HUGO: -Bem, rapazes! A festa está muito boa. Mas, infelizmente, o prefeito é muquirana e, nem karaokê aqui tem.
GENO: -Concordo com você, pai! Além disto, o prefeito sempre vem de tênis, para não gastar com sapatos novos…
-BORIS: -Também… O que esperar do senhor prefeito? O cara é ricaço e, se acha pobretão…
-ESPOSA DO PREFEITO: -Com licença, querido! Eu necessito ir ao sanitário.
PREFEITO <SORRINDO>: -Você necessita ir ou apenas quer retocar a sua maquiagem idiota?
ESPOSA <FURIOSA>: -Mas, eu preciso ficar bonita, para a sua festa!
PREFEITO <SENDO SARCÁSTICO>: -AH! Você então admite que ficou feia, com o passar dos anos!
<A esposa do prefeito bate no rosto dele, com sua bolsa de palha seca.>
PREFEITO <GEMENDO>: -UUUIII…
ESPOSA <FURIOSA>: -HUNF!
HUGO: -Quantos anos vocês acham que, o prefeito tem?
GENO <RINDO>: -Idade biológica ou mental?
BORIS <RINDO>: -AH, sei lá… De repente, o coroa é um centenário da vida…
<A esposa do prefeito entra no sanitário e tira a maquiagem da bolsa.>
ESPOSA <COMEÇANDO A SE MAQUIAR>: -♪LÁ, LÁ, RI!♫
PREFEITO <PENSANDO E INDIGNADO>: “Estas mulheres… Sempre ficam querendo parecer grandes estrelas do Cinema!”
ESPOSA <GRITANDO>: -AAAAIIIIIIII!!!
PREFEITO <GRITANDO, ASSUSTADO E SURPRESO>: -OH, MEU DEUS! MINHA PATROA ESTÁ EM PERIGO!
GENO <PENSANDO E RINDO>: “Patroa… Realmente! O prefeito faz tudo o que, a esposa manda…”
HUGO <GRITANDO>: -IREMOS INVESTIGAR!
ESPOSA <IRRITADA>: -SIM, EU GRITEI! Mas, é porque, esta maquiagem ficou horrorosa em mim!
PREFEITO <TODO SEM GRAÇA>: -Desculpem-me, rapazes! Mas, minha esposa é muito estressada…
ESPOSA <FURIOSA E GRITANDO>: -COMO DISSE?
PREFEITO: -Estressada e surda!
<O prefeito apanha da bolsa da esposa, de novo.>
PREFEITO <CAÍDO NO CHÃO E GEMENDO>: -AAAIII… UIII…
HUGO <INDIGNADO>: -O prefeito e sua esposa ainda não aprenderam a valorizar nosso trabalho!
GENO <SENDO IRÔNICO>: -Claro! O camarada não trabalha…
BORIS <RINDO>: -É… A esposa dele traz a grana pra casa!
ESPOSA <GRITANDO>: -AAAAIIIIIIII!!!
PREFEITO <FURIOSO E REVOLTADO>: -CACILDA, MULHER! AJEITE A DROGA DA MAQUIAGEM LOGO DE VEZ!
<Total silêncio.>
PREFEITO <SURPRESO E CONFUSO>: -Mas, o que será que houve? Ela só costuma ficar quieta e não me responder quando vê a novela e o show de calouros.
HUGO: -VAMOS LÁ!
<Num instante, os detetives encontram a esposa do prefeito, jogada e caída, no chão, coberta de sangue.>
PREFEITO <IRRITADO>: -POMBAS! E, agora, a idiota quer nos pregar uma peça!
HUGO: -Peça, só mesmo em teatro, prefeito! Algo de errado deve ter ocorrido…
GENO: -Pelo tipo, isto é sangue de verdade! Ela deve ter sido atingida…
BORIS: -Aparentemente, não havia mais ninguém no banheiro.
PREFEITO <CONTENTE>: -Só espero que, ela tenha mesmo morrido! A piranha nunca quis me dar o divórcio…
HUGO <CONFUSO>: -Desculpe-me, prefeito! Mas, duas perguntas.
PREFEITO <SORRINDO>: -Sim?
HUGO: -Primeiro! Este seu relógio é falsificado! Por que insiste em comprar coisas no camelô?
PREFEITO <INDIGNADO>: -Porque acha que, este relógio é falso?
HUGO <RINDO>: -Primeiro, você nunca executa altos gastos! Segundo: dá para ver que, o relógio não é muito resistente! E, terceiro: este relógio está marcando 25 horas e 61 minutos!
PREFEITO <FAZENDO UMA CARA MUITO SÉRIA>: -MUITO BEM! E, qual é a outra coisa que, você ia dizer?
HUGO: -Porque você queria se divorciar desta piranha? Digo: da sua esposa.
PREFEITO: -Por três razões! Primeiro: eu e ela não torcemos pelo mesmo time de futebol! Segundo: ela não gosta de comer lasanha, um prato delicioso! Terceiro: a mãe dela é mais gostosa!
HUGO: -HÃ… Entendi… Eu acho!
GENO <EM TOM CHAMATIVO>: -PAI! Eu e o Boris encontramos uma pista muito interessante!
HUGO <CURIOSO>: -Muito bem, meu filho… O que vocês encontraram?
BORIS: -Uma bala de revólver calibre 38.
HUGO: -Bom… Mas, como sabem que, o calibre da pistola é 38?
GENO: -ORA, pai… A pistola calibre 38 é a mais barata da cidade…
-BORIS: -É, Hugo! Quem seria burro de pagar caro, para cometer um crime destes?
HUGO <PENSATIVO>: -Muito bem… Vamos investigar os convidados!
GENO <INTRIGADO>: -Quem quer que tenha sido, pode ter escondido a arma do crime, nalgum lugar da casa!
BORIS: -Bem… Vamos analisar os suspeitos!
HUGO: -BOA IDÉIA! Assim, ficaremos logo sabendo.
Pouco depois…
HUGO: -Bom… O Senhor Capivara não foi! Ele é canhoto e, o braço esquerdo dele foi engessado. Também não foi o governador, pois, as mãos dele estão sujas de torta. Ele não teria tempo de lavá-las. O tio do prefeito também não. Ele não sabe nem manejar flautas… Quanto mais armas.
GENO: -A Madame Gorila também não foi. Ela só tem um braço e, o outro estava preso, no copo de limonada. O jornaleiro da esquina só chegou depois. O secretário do prefeito estava no banheiro.
BORIS: -A sobrinha da esposa do prefeito estava muito ocupada, cuidando do dedo ferido. Ela havia prendido o dedo, na porta de entrada. O presidente do clube esportivo da cidade estava sentado, do lado de fora. O goleiro da vizinhança, que joga para o time do prefeito grudou as mãos na bola, após manchar as mãos de geléia.
<Muitas análises depois…>
HUGO <INTRIGADO>: -Bem, rapazes… Já analisamos todos os convidados, mas… Ainda faltam duas opções!
GENO E BORIS <CURIOSOS>: -QUEM?
HUGO <FAZENDO SUSPENSE>: -A própria esposa do prefeito e…
PREFEITO <CURIOSO>: -QUEM?
HUGO <APONTANDO PARA O PREFEITO>: -VOCÊ MESMO, PREFEITO!
PREFEITO <SURPRESO E INDIGNADO>: -Por que pensa que fui eu?
HUGO <LEVANTANDO A VOZ>: -Eu não disse que foi você e, nem que penso que foi você! O fato é que, você mesmo disse que, desejava se divorciar! Daí, quando ela apareceu caída e jogada, você ficou muito feliz!
PREFEITO <INVOCADO>: -ORA! Mas, isto é um absurdo! Eu nem estava na porta… Quanto mais dentro!
GENO <ACENANDO>: -PAI! BORIS! VENHAM AQUI!
<Num instante, os três detetives se reúnem.>
-HUGO <COÇANDO A CABEÇA>: O que foi, filho?
GENO: -Debaixo de um alçapão, encontrei este pilantra!
<Um sujeito, que estava escondido faz cara de bobo e, nada fala.>
GENO E BORIS <SURPRESOS>: -Mas… É o guarda-costas do prefeito!
PREFEITO <FURIOSO>: -SEU MALANDRO! Posso mandar prendê-lo, por assassinar a minha esposa!
HUGO <SURPRESO E CONFUSO>: -UÉ… Não entendi a sua, prefeito!
PREFEITO <FAZENDO-SE DE DESENTENDIDO>: -Não entendeu o que Hugo?
HUGO <ENGROSSANDO A VOZ>: -Foi você mesmo quem disse que, gostaria de se livrar de sua esposa, de qualquer modo!
PREFEITO <ESBANJANDO CINISMO>: -ORA! Mas, quando, onde, como e por que eu disse isto?
BORIS <RINDO E INVOCADO>: -Eu tenho a gravação aqui comigo, prefeito!
PREFEITO <IRRITADO E PROTESTANDO>: -Está na cara que, você falsificou esta gravação!
BORIS <SURPRESO E RINDO>: -Você adora tomar a nós três por tolos, não é mesmo, prefeito?
PREFEITO <FINGINDO ESTAR CONFUSO>: -Como assim, meu caro?
GENO <IRRITADO>: -Estamos muito desapontados, prefeitos!
PREFEITO: -Com o quê?
HUGO <FURIOSO>: -Não se deve desejar o mal às pessoas! Pois, alguém pode desejar mal a você!
BORIS <ENGROSSANDO>: -Você não ia querer morrer, ia?
PREFEITO: -Mas, ela já estava cansada e, precisava de descanso eterno…
GENO <IRIRTADO>: -E este palhaço? Por que razão não diz nada?
PREFEITO: -Ele está rouco… É por isto!
BORIS: -Mas, o camarada pode escrever alguma coisa!
PREFEITO: -Legal… Mas, se, vocês me permitem, eu vou tomar água…
HUGO <DESAPONTADO E FURIOSO>: -Não irá a lugar algum, prefeito!
GENO <INVOCADO>: -Ao menos, não até esclarecermos o caso!
PREFEITO <NERVOSO>: -Mas… Eu estou com sede…
BORIS <IRRITADO>: -Deveria então ter tomado água antes… Prefeito!
PREFEITO: -Mas… Mas…
GENO <FURIOSO>: -SEM MAS!
-PREFEITO: OOOHHH…
BORIS: -Pessoal… O homem escreveu algumas coisas importantes.
HUGO E GENO <CURIOSOS>: -O quê?
BORIS <FAZENDO ENTONAÇÃO DE VOZ>: -CA-HAM! O prefeito me obrigou a matar sua esposa.
PREFEITO <FURIOSO E PROTESTANDO>: -É MENTIRA!
BORIS <FURIOSO>: -SILÊNCIO! Ainda não acabei!
PREFEITO <CABISBAIXO>: -OOOHHH…
BORIS: -Continuando: Ele queria se ver livre da esposa. Por isto, ou eu colaborava ou, ele me demitia!
HUGO <INDIGNADO>: -Muito bonito, hein, senhor prefeito?
PREFEITO <SEM-GRAÇA>: -ORA… Ele não podia ficar sem esposa!
GENO: -Continue, Boris!
BORIS: -Ele estava de saco cheio da esposa. Mas, se, ele a matasse, todos descobririam. Assim sendo, ele precisava de ajuda. Podem me prender, se quiserem! Mas, o prefeito vai junto…
<O prefeito fica cabisbaixo e, nada diz.>
HUGO <VIRANDO-SE PARA O GUARDA-COSTAS>: -Muito obrigado, amigo! Você não apenas não irá preso, como também receberá pequena gratificação!
<O homem estampa um sorriso no rosto e balança a cabeça.>
PREFEITO <RESMUNGANDO>: -BAH!
GENO <SURPRESO>: -E, vejam só isto, pessoal!
HUGO E GENO <INTRIGADOS>: -O quê?
GENO <FALANDO PAUSADAMENTE>: -Ela não morreu… VEJAM! Ainda é possível escutar os batimentos cardíacos dela!
<Os dois colegas olham, surpresos.>
Mais tarde, no hospital…
ESPOSA <AGRADECIDA>: -Muito obrigada aos três, por me ajudarem!
GENO <MODESTAMENTE>: -Ora… Não foi nada!
HUGO <MODESTAMENTE>: -Foi um prazer ajudar!
BORIS <MODESTAMENTE>: -Não fizemos mais do que a nossa obrigação!
ESPOSA: -Meu marido pegará duas semanas de xadrez. Ele não pode ser deposto, pois, o vice governa pior do que ele.
HUGO <SEMI-IRRITADO>: -Muito bem… Mas, creio que, ainda falte algo!
ESPOSA: -O Quê? A conta médica? AH, podem deixar… Meu plano de saúde cobre tudo!
GENO <IMPACIENTE>: -Não, senhora… É outra coisa!
ESPOSA <CONFUSA E SURPRESA>: -O que é, afinal?
GENO <IMPACIENTE>: -Faltou sermos pagos!
ESPOSA: -AH, sim… Desculpem-me! Mas, que cabeça a minha!
HUGO, GENO E BORIS <IRRITADOS>: -HUNF!
ESPOSA <SORRINDO>: -Resolveremos isto, agora mesmo!
HUGO, GENO E BORIS <PENSANDO, IMPACIENTES>: “ATÉ QUE ENFIM!”
ESPOSA: -Vocês gostam de bala de menta ou canela?
<Os três fazem uma cara de muito surpresos.>
ESPOSA <CURIOSA E SURPRESA>: -UÉ! Mas, que caras são estas? Andaram comendo carne azeda?
HUGO, GENO E BORIS <GRITANDO, IRRITADÍSSIMOS E SEGURANDO OS CABELOS>: -AH, NÃO! TINHA QUE SER A ESPOSA DO PREFEITO!
ESPOSA <PENSANDO, SURPRESA>: “Eu, hein? Se, eles não gostam nem de menta e nem de canela, poderiam ter me avisado logo…”
NARRADOR: -E, graças aos nossos três talentosos detetives, um novo mistério acaba de ser resolvido. Porém, acaba de surgir outro: como fazer a esposa do prefeito pagar aos três o seu merecido salário? Este aí, eles dificilmente resolverão. Ou, talvez, nem resolvam nada…
FIM (pelo menos, por enquanto!).

Os 3 Detetives em: O Misterioso Sequestro do Rato.
Os 3 Detetives em: O Misterioso Sequestro do Rato – Roteiro.
Então, o roteiro anterior foi uma experiência tão interessante que decidi criar uma seqüência, esta é ainda mais divertida que a anterior… Ainda mais que surge uma nova personagem feminina!
Eles estão de volta, para resolver mais um instigante e hilário caso.
Estrelando: os detetives Hugo Marquesi, Boris Simões e Geno Marquesi, com a participação especial da inspetora Margô Escarte.
Gêneros: Policial / Comédia / Suspense / Drama / Mistério.
Roteiro: Sávio Morais Cristofoletti, baseado em argumento de Sávio Morais Cristofoletti e nas personagens criadas por Sávio Morais Cristofoletti.
Sinopse: Os três detetives mais malucos do pedaço levam as esposas para umas férias, indo um grande hotel de luxo, o Espelunca’s Hotel. Chegando lá, percebem que, o rato de estimação de um dos hóspedes desapareceu. O garoto Skip Ralho quer seu rato de estimação, Fedóris, de volta a todo custo. Desta vez, o trio de detetives terá a ajuda da inspetora Margô Escarte, também hospedada no hotel e também envolvida no caso. Porém, Lena Marquesi (esposa de Hugo), Cátia Simões (esposa de Boris) e Luma Marquesi (esposa de Geno) não gostam nadinha da idéia de verem seus maridos ao lado de uma qualquer. Mas, como grito de sapo é apenas buraco, não há nada que impeça os três de trabalharem ao lado dela.
-Como bom detetive, eu, Hugo Marquesi estou disposto a resolver todos os casos que surgirem pela frente. Apenas não me peçam para investigar o motivo da inflação ter subido tanto, e nem o motivo dos funcionários públicos ganharem muito menos do que alguns políticos, policiais e judiciários.
-Eu, Boris Simões sou a favor da idéia de que, nós, detetives temos que trabalhar pelo alto salário que nos pagam pois, apenas casos insignificantes é que geram baixos salários.
-Infelizmente, o trabalho dos detetives não é muito valorizado hoje em dia. Os detetives só ganham algum real respeito quando falecem. Não que, eu, Geno Marquesi queira falecer, é claro!
Como sempre, estes três amalucados detetives estão dispostos a fazer o que for preciso por sua profissão, para serem bem pagos. Só que, ninguém quer lhes pagar bem.
Missão do dia: investigar o misterioso desaparecimento de um rato, o Fedóris e, ainda, voltar a tempo de pegar uma sauna.
NARRADOR: -Nossos três amigos (Hugo Marquesi, Boris Simões e Geno Marquesi) estão hospedados no Espelunca’s Hotel, no município de Santa Freira, ao lado de suas respectivas mulheres (ou esposas pois, mulheres não têm dono e nem são de ninguém). No momento, todos estão pegando um sol (ou melhor, o sol os está pegando), do lado de fora da piscina do hotel.
HUGO <SORRINDO>: -E então, moças? O que estão achando deste hotel?
LENA <SORRINDO>: -Bem, querido! Só hoje cedo, nós já achamos a carteira de um ricaço, perto da piscina e o relógio dele.
BORIS <FURIOSO>: -E por que não devolveram a ele?
GENO <IRRITADO>: -É isto aí! A gente só deve ficar com o que não é nosso se a pessoa não tiver como descobrir!
CÁTIA <RINDO>: -ORA… Ele disse que, estas coisas eram da esposa dele.
LUMA <RINDO>: -E como ela faleceu ontem à noite, no quarto em que se hospedaram, ele nos deixou ficar, já que a dona faleceu.
HUGO <PROCURANDO SE ACALMAR>: -Tudo bem então! E quanto de dinheiro vocês acharam dentro da carteira?
LENA <RINDO>: -Nenhum…
BORIS <CONFUSO>: -Então, a carteira estava vazia?
CÁTIA <IRRITADA>: -Claro que não…
LUMA <NERVOSA>: -Apenas um cartão de crédito e dois talões de cheque.
BORIS: -HUM!
GAROTO <CHORANDO>: -EU QUERO O FEDÓRIS DE VOLTA!
MÃE <PROCURANDO ACALMAR O FILHO>: -Calma, meu filho! Com certeza, ele ainda está vivo…
GAROTO <LACRIMEJANDO, COM O DEDO DIREITO NO OLHO DIREITO>: -SNIF…
GENO <INTRIGADO>: -Calmalá, Dona! O que houve aqui afinal?
MÃE: -Fedóris, o rato de estimação de Skip Ralho desapareceu! E ele se recusa a voltar pra casa sem seu rato.
HUGO <CONFUSO>: -HUM! E quem é este Skip Ralho?
MÃE: -É o meu filho nojento, se não fosse meu filho, eu nem gostava dele!
BORIS <CONFUSO>: -E por que não gostaria dele, se é seu filho?
MÃE: -Este pivete torce para o Flamengo, todos na minha família e na família do meu marido são torcedores do São Paulo, é por isto!
GENO <CURIOSO>: -E cadê seu marido?
MÃE: -Foi ver o jogo do São Paulo contra o Piraporinha, no Ginásio Deus Me Acuda.
BORIS: -Muito bem então! Desde quando o Fedóris está desaparecido?
SKIP: -Desde que viu que, nós queríamos dar banho nele na banheira do nosso quarto de hotel.
HUGO: -E este Fedóris não gosta de banho, é isto?
SKIP: -Gostar, até gosta. Mas, ele só gosta de tomar banho na banheira da nossa casa.
GENO <CURIOSO E SURPRESO>: -E por que esta diferença, afinal?
SKIP: -É que, a gente põe pó de gelatina na banheira de casa, e o hotel não nos autorizou a fazermos o mesmo aqui.
HUGO <PONDO OS DOIS PRIMEIROS DEDOS DA MÃO ESQUERDA EMBAIXO DO QUEIXO>: -HUM! E há quantas horas seu rato desapareceu?
SKIP: -Não sei!
GENO E BORIS <ESPANTADOS E IRRITADOS>: -Como não sabe?
HUGO <NERVOSO>: -Afinal das contas, o rato é seu ou não é?
SKIP: -Pô, tipo assim: o Fedóris sumiu enquanto eu dormia, morou?
GENO <PENSATIVO>: -HUM! Alguém deste hotel deve ter sequestrado o Fedóris, mas nós iremos encontrá-lo, garoto! Pode ter total certeza disto!
SKIP <CONTENTE>: -Caramba, valeu mesmo! Só tem uma coisa!
BORIS <CURIOSO>: -O quê?
SKIP <PENSATIVO>: -E se vocês não acharem o Skip?
BORIS: -Bem, garoto… Se você acha que, nós não sabemos trabalhar direito, já é outro departamento!
SKIP: -Tudo bem, tudo bem! Eu confio em vocês!
HUGO, GENO E BORIS <CONTENTES>: -Bom que sabe em quem confiar, Skip!
SKIP: -Só tem mais uma coisa!
HUGO <CURIOSO>: -O quê?
SKIP <COM CARA DE SÁDICO>: -Se vocês não acharem o Fedóris, todo mundo aqui saberá que, quem pegou aquele ladrão de pirulitos não foram vocês, e sim a Inspetora Margô Escarte!
GENO <IRRITADO>: -MALDIÇÃO! Este garoto é mesmo muito esperto!
HUGO <INCONFORMADO>: -Pois é… A gente passou a Margô para trás mas, o garoto viu tudo!
SKIP <COM UM SORRISO SÁDICO>: -RÊ, RÊ!
MARGÔ <SORRINDO>: -Alguém aí pronunciou o meu nome?
LENA E CÁTIA <DESESPERADAS>: -AH, NÃO!
LUMA <IRRITADA>: -Essazinha tinha que se hospedar no mesmo hotel do que a gente?
MARGÔ <SORRINDO>: -Eu já soube o que houve e também estou no caso!
HUGO <FAZENDO CARA DE SÉRIO>: -Desculpe-nos Margô mas, nossas esposas não gostam que trabalhemos com você!
BORIS <FAZENDO A MESMA CARA>: -E além do mais, nós temos mais experiência e talento do que você!
MARGÔ <FAZENDO-SE DE DESENTENDIDA>: -O que suas mulheres têm a ver com isto? E além do mais, mais experiência não quer dizer mais talento!
GENO <IRRITADO>: -Têm a ver que, elas são ciumentas!
LENA <FURIOSA>: -Essazinha já começou mal quanto a sermos mulheres de nossos maridos!
CÁTIA <IRRITADA>: -É, nós não temos donos… Sabemos nos governar muito bem sozinhas!
MARGÔ <SE FAZENDO DE IMBECIL>: -Então, por que seus maridos as sustentam, as três não têm capacidade de arrumar trabalho que dê renda?
LUMA <NERVOSA>: -Olhe aqui, sua…
HUGO <PROCURANDO SE ACALMAR>: -Chega de discussão, temos um caso a resolver!
MARGÔ <SORRINDO>: -Vamos começar visitando os hóspedes, cada qual em seu quarto.
GENO <PROCURANDO NÃO SE IRRITAR MUITO>: -E como sabe que, todos eles estão em seus quartos?
BORIS <JÁ MAIS CALMO>: -É, alguns podem estar na sauna, ou ter saído para dar uma volta, ou coisa assim!
MARGÔ <SORRINDO>: -Simples… Na hora da janta, pus uma micro câmera em cada quarto. Cada quarto tem pelo menos um hóspede, enquanto conversamos.
CÁTIA <CURIOSA>: -E como não pegaram você futricando os outros, espertinha?
MARGÔ <RINDO>: -Fácil… Utilizei o creme da invisibilidade! Eles só enxergam o que é visível, e eu não estava visível!
CÁTIA <CURIOSA>: -E aonde você conseguiu este creme?
MARGÔ <RINDO>: -Roubei do último bandido que prendi, um cientista mais maluco do que seus maridos. Bastante esperteza, não?
LENA <FURIOSA>: -Quem aqui tem marido louco?
LUMA <PROCURANDO ACALMÁ-LA>: -Acalme-se, Luma!
CÁTIA <PROCURANDO AJUDAR>: -A Lena está certa… Não levaremos vantagem alguma brigando com a Inspetora Margô Escarte!
LUMA <JÁ MAIS CALMA>: -Além disto, ela parece realmente em condições de ajudar nossos maridos.
LENA <JÁ SE ACALMANDO>: -Muito bem! E como pretende descobrir quem foi o culpado, Inspetora Margô Escarte?
MARGÔ <SORRINDO>: -Simples… Eu interrogarei todos os hóspedes, vasculharei o quarto de cada um atrás de pistas e, finalmente, chegarei a um consenso.
LENA <CONTROLANDO-SE PARA NÃO PERDER A CALMA>: -E nossos maridos?
CÁTIA: -É, eles também têm que fazer algo em favor do caso!
MARGÔ <RINDO>: -Claro, claro…
LUMA <CRUZANDO OS BRAZOS E COMEÇANDO A SE ENFEZAR>: -HUNF!
MARGÔ <RINDO>: -Enquanto eu distraio cada hóspede que estiver em seu quarto, eles procuram qualquer pista suspeita nos quartos.
HUGO <CONFUSO>: -CALMALÁ!
MARGÔ <SURPRESA>: -O que foi?
HUGO <QUASE IRRITADO>: -Se você realmente vistoriou todos os quartos com suas câmeras, como não viu a que horas o rato sumiu?
MARGÔ <COM CARA DE SONSA>: -E quem disse que, eu não vi?
BORIS <CONFUSO>: -UÉ! E por que não nos disse nada?
MARGÔ <RINDO>: -Vocês não me perguntaram nada…
HUGO <IRRITADIÇO>: -GRRR!!!
GENO <PROCURANDO ACALMAR O PAI>: -Calma, pai! Ela é irritante mesmo, temos que tolerar!
MARGÔ <RINDO>: -Irritante é jogador de futebol amador que pensa que é jogador de futebol amante. Eles dizem que amam a profissão mas, só fazem besteira!
BORIS <PROCURANDO SE CONTROLAR>: -Muito bem, Margô! A que horas o rato sumiu e quem o pegou?
MARGÔ: -BEM… Por volta de meia-noite, eu precisei ir ao banheiro. Na hora, o rato ainda estava no quarto do fedelho.
HUGO: -BOM! E então, quem o pegou?
MARGÔ: -É justamente isto que eu não sei!
GENO <IRRITADO>: -Como não sabe?
BORIS <FURIOSO>: -É, afinal, você é uma inspetora ou uma espetadora?
HUGO <NERVOSO>: -É… Você parece que mais espeta do que inspeciona as pessoas!
MARGÔ: -Após cinco minutos, saí do banheiro!
HUGO: -E então?
MARGÔ <COM CARA DE CÍNICA>: -E então o quê?
GENO <NERVOSO>: -O que você viu, pôxa?
MARGÔ <RINDO>: -Vi que, se não tivesse ido ao banheiro, teria visto os verdadeiros responsáveis.
HUGO, BORIS E GENO <FURIOSÍSSIMOS>: -GRRR!!!
LENA <SORRINDO>: -BOM, rapazes! Enquanto os três não se acertam com a perua aí, nós três iremos até loja de roupas, na rua lateral do hotel.
CÁTIA <RINDO>: -É até bom que, nós descansamos um pouco do mau-humor de vocês.
LUMA <RINDO>: -Mas, lembrem-se que, a perua é a última que morre!
MARGÔ <IRRITADA>: “Estas mulheres pensam que, eu quero dar em cima dos maridos delas! Querer, eu até quero mas, eles têm um mau-hálito terrível e, é impossível agüentar seus roncos!”
HUGO <PROCURANDO SE ACALMAR>: -Muito bem! Iremos então inspecionar os quartos, agora mesmo!
BORIS: -Aproveitando que, todos já devem ter ido para o refeitório do hotel.
Pouco depois…
MARGÔ <RINDO>: -Bem, rapazes! Na pior das hipóteses, teremos que destrancar as portas trancadas, com esta chave aqui, que abre todas as portas que se puder imaginar.
HUGO, BORIS E GENO <CURIOSOS E SURPRESOS>: -Como você arranjou esta coisa?
MARGÔ <RINDO>: -Com o mesmo homem com quem arranjei o creme da invisibilidade!
HUGO: -BOM! Temos 16 quartos para investigar pois, o quarto da Margô e o nosso não contam.
MARGÔ: -E nem o do garoto… Como é mesmo o nome dele?
HUGO: -Skip Ralho! Precisamos sim investigar o quarto dele, pode ter alguma prova oculta por lá!
MARGÔ <ESTICANDO OS BRAÇOS CURVADOS>: -Muito bem então… Vocês três são os mandantes da expedição, eu apenas estou aqui para colaborar!
HUGO, BORIS E GENO <ESFORÇANDO-SE PARA CONTROLAR A RAIVA E CRUZANDO OS BRAÇOS>: -HUNF!
<Num instante, os três detetives e o projeto infértil de inspetora vão até o primeiro andar dos quartos.>
HUGO: -Muito bem, Margô! Estamos de frente para os apartamentos 101, 102, 103 e 104. Por onde começamos?
MARGÔ <SORRINDO>: -BEM… Vamos seguir a ordem numérica. Começaremos pelo 101.
BORIS <CONFIANTE>: -Vamos lá então!
<Duas horas depois…>
GENO <CANSADO>: -BEM, pessoal… Não foi nenhum deles! O pessoal do 101 estava jogando sinuca. No 102, a esposa do sujeito estava vomitando na pia do banheiro e, ele foi socorrê-la. No 103, eles estavam vendo televisão no salão da portaria. No 104, o filho do casal estava entalado na privada e eles foram socorrê-lo.
HUGO <TAMBÉM CANSADO>: -No 201, a família havia ido embora na véspera do desaparecimento. No 202, só havia um bandido, que foi preso. O pessoal do 203 estava fumando na varanda. No 204, não tinha nenhum hóspede mesmo.
BORIS <IGUALMENTE CANSADO>: -No 301, o hóspede é cego e, a esposa dele, que cuidava dele disse que, ele não sai desacompanhado. No 302, o marido da moça, com pneumonia foi internado no hospital e, ela foi junto. No 303, havia apenas um hóspede, com os dois braços engessados. No 304, só tinha um idoso roncando.
MARGÔ <SEM CANSAÇO>: -No 401, só tinha um sujeito apanhando da esposa. No 402, só havia um cara com a mão presa embaixo da cama. No 403, o casal foi dar uma caminhada. No 404, o hóspede simplesmente estava bêbado.
HUGO <CURIOSO>: -E como você não está cansada, Inspetora Margô?
MARGÔ <SORRIDENTE>: -ORA, meu bem… Eu sou uma mulher energética e vitalícia, vocês três são três homens vagarosos e molengas!
<O trio nada diz, embora as caras emburradas.>
HUGO <COM UMA CARA BEM SÉRIA>: -BOM! Só nos restam então três possibilidades!
BORIS E GENO <CURIOSOS>: -QUAIS?
HUGO <PENSATIVO>: -Ou o garoto mentiu sobre o bicho, ou o bicho nunca existiu, ou…
MARGÔ <CURIOSA E AFLITA>: -O QUÊ? DIGA LOGO!
HUGO <INVOCADO>: -…Há uma ladra entre nós!
MARGÔ <FURIOSÍSSIMA>: -Se você realmente acha isto, vasculhe meu quarto, pegue um detector de mentiras e chame a polícia, eu iria querer o que com um rato mais nojento do que o prefeito da Cidade?
BORIS: -TUDO BEM, TUDO BEM! Sabemos quando você diz a verdade! Mas, ainda restam duas possibilidades!
MARGÔ <INVOCADA E CRUZANDO OS BRAÇOS>: -HUNF!
GENO: -Primeiro, chegaremos até o garoto, e lhe diremos que, procuramos e nada de acharmos.
HUGO: -Depois, baseado na reação dele, saberemos se, realmente ocorreu o tal roubo.
BORIS: -Daí, poderemos comunicar à gerência.
GENO: -Algo me diz que, o caso está quase resolvido.
MARGÔ <SÉRIA>: -Ainda bem… Trabalhar com três palermas como vocês apenas caba com meus neurônios, minha paciência e minha beleza!
<Novamente, os três fazem uma cara de irritados mas, nada dizem.>
<Num instante, o quarteto (ou melhor, o trio e a intrusa) vão até o quarto de Skip Ralho.>
SKIP <CHORAMINGANDO>: -SNIF! Ele era o meu melhor amigo, mãe! Eu quero o Fedóris de volta!
MÃE <PROCURANDO ACALMAR O FILHO>: -Calma, meu filho, calma! Quero que, a polícia invada nosso quarto, se o Fedóris tiver morrido!
<Noutro instante, os três detetives e sua nada adorável parceira arrombam a porta.>
HUGO <ENGROSSANDO A VOZ>: -Muito bem, Dona… Está presa, por afogar o rato do Skip na privada!
MÃE <FAZENDO-SE DE DESENTENDIDA>: -Como é que é a história?
BORIS <COM UMA VOZ BEM EMPOSTADA>: -Se você sabe que, você mesma pegou o rato, por que ainda mente, Dona?
MÃE <IRRITADIÇA E SE FAZENDO DE SURPRESA>: -E como vocês me acusam assim? Isto é crime, sabiam?
GENO <LEVANTANDO A VOZ>: -Dizer a verdade sobre um ato de assassinato, não é crime, Dona…
MARGÔ <COM UM SORRISO MALVADO>: -…E mentir sobre o próprio crime é um crime ainda maior!
MÃE <FURIOSA>: -Pois bem! Como chegaram à conclusão de que, eu fiz isto aí que vocês falaram?
HUGO <RINDO>: -Muito simples…
BORIS <TAMBÉM RINDO>: -…Você odiava não só a idéia dele ter um rato, como também o rato em si!
GENO <IGUALMENTE RINDO>: -Daí, o meio mais fácil e discreto de se livrar o bicho era usando a privada!
MARGÔ <RINDO EXAGERADAMENTE>: -Como vimos que, nenhum dos hóspedes daqui e nem ninguém que trabalha aqui ou de fora pegou o bicho, só faltava mesmo interrogar uma pessoa: você!
MÃE <IRRITADIÇA>: -É o cúmulo! Processarei os três e também esta pobre coitada, que acha que, beleza é tudo!
<Os três fazem uma cara de muito irritados mas, a Inspetora Margô faz uma cara de mais irritada ainda.>
HUGO <COM SARCASMO>: -Além disto, você mesma disse: “Quero que, a polícia invada nosso quarto, se o Fedóris tiver morrido!”.
MÃE <FURIOSÍSSIMA>: -Eu chamarei meu advogado! Vocês não perdem por esperar!
GENO <RINDO>: -Faça isto e, você irá para a cadeia mais rápido ainda!
BORIS <GARGALHANDO>: -E mais: temos aqui um Detector de Mentiras que, se a pessoa mente, ela arrota por uma hora seguida!
MÃE <CANSADA>: -JÁ CHEGA! Eu me recuso a ficar no mesmo hotel do que três detetives mentirosos e um projeto de inspetora mais mentirosa ainda! Vamos, filho!
MARGÔ <SEM CONTROLAR O RISO>: -Mas, a polícia já está na porta do Hotel…
MÃE <SURPRESA>: -HÃ?
<Em pouco tempo, ouve-se o barulho de passos, vindos na direção do quarto de Skip e sua mãe.>
HUGO <RINDO>: -É a polícia! Está encrencada, otária!
SKIP <LACRIMEJANDO>: -Mãe… V-você… Você matou mesmo o Fedóris?
MÃE <IRRITADIÇA E COM UMA CARA DE CÍNICA>: -O que você acha?
SKIP <FURIOSÍSSIMO>: -Acho que, você deveria ter tomado vergonha na cara!
MÃE <ESTRESSADA>: -JÁ CHEGA! Eu sairei agora mesmo daqui e…
<Antes que, a mulher possa acabar a frase, alguém bate na porta.>
DELEGADO <DO LADO DE FORA>: -AQUI É A POLÍCIA! VIEMOS PRENDER A CRIMINOSA!
MARGÔ <GARGALHANDO>: -BEM FEITO, OTÁRIA! VOCÊ SE DEU MUITO MAL!
MÃE <EMBURRADA E CRUZANDO OS BRAÇOS>: -HUNF!
MARGÔ <ALGEMADA E IRRITADIÇA>: -SOLTEM-ME! Vocês têm que prender aquela mocréia, não eu!
DELEGADO <EMBURRADO>: -Claro, Dona! Claro!
POLICIAL ASSISTENTE <DEBOCHANDO E RINDO>: -E eu e o Delegado somos o Papai Noel e o Coelhinho da Páscoa!
MÃE <CURIOSA E SURPRESA>: -Por que deixaram aquela mulher ir presa no meu lugar?
HUGO <RINDO>: -Quando ela aparece, sempre estraga nossas missões.
BORIS <TAMBÉM RINDO>: -As idéias dela não são ruins, o ruim é ela querer ultrapassar nossas idéias.
GENO <IGUALMENTE RINDO>: -Além disto, você precisa terminar de criar o pirralho.
SKIP <FURIOSO>: -Eu não quero ser criado por uma assassina!
HUGO <PROCURANDO ACALMAR SKIP>: -ORA! Mas, o Fedóris está muito vivo!
SKIP <AINDA IRRITADO>: -Como sabe disto?
BORIS <RINDO>: -ORA… Somente uma pessoa muito ignorante não saberia que, ratos adoram água sanitária!
GENO <TAMBÉM RINDO>: -E olhe que, não somos experientes na matéria de Biologia!
HUGO <QUASE SE ACALMANDO>: -Peça desculpas ao Skip, Dona! E, se ele der de novo pela falta do Skip, poderá nos telefonar!
MÃE <IRRITADA>: -Eu? Pedir desculpas a este moleque? Nem que me paguem para isto!
BORIS <QUASE IRRITADO>: -Olhe que, a polícia ainda está no Hotel!
MÃE <EMBURRADA>: -Desculpe, meu filho!
SKIP <IRRITADO>: -Desculpas aceitas mas, se fizer isto de novo, os caras aqui irão atrás de você!
GENO <COM CALMA>: -Agora, iremos atrás de nossas esposas.
HUGO <REFRESCANDO A MEMÓRIA>: -Falando nisso… Quem irá nos pagar nosso salário?
MÃE: -BEM… Já que, vocês não me prenderam, posso dar a vocês estes ingressos para o próximo Festival Nacional de Sertafunk.
HUGO, BORIS E GENO <EMPOLGADOS>: -DEMOROU!
FIM (não se sabe até quando!).

Os 3 Detetives em: Uma Viagem Até a Ilha de Portobelo.
Agora, fiz um crossover com algumas personagens de meus quadrinhos e livros… Querem ver como ficou extremamente hilário?

Os 3 Detetives em: Uma Viagem Até a Ilha de Portobelo – Roteiro.
Eles estão de volta, e elas (as esposas deles) também, numa divertida e hilariante viagem.
Estrelando: os detetives Hugo Marquesi, Boris Simões e Geno Marquesi, com a participação especial da inspetora Margô Escarte.
Gêneros: Policial / Comédia / Suspense / Drama / Mistério.
Roteiro: Sávio Morais Cristofoletti, baseado em argumento de Sávio Morais Cristofoletti e nas personagens criadas por Sávio Morais Cristofoletti.
Sinopse: Os três detetives mais malucos e geniais de todos os tempos decidem tirar umas férias com as esposas e vão à Ilha de Portobelo. Porém, o gerente da Pousada Socobora (na qual fizeram a reserva) desapareceu! Para piorar tudo, a inspetora Margô Escarte também está de volta… Para desespero maior e pior das esposas do trio!
-Eu, Hugo Marquesi adoro meu trabalho como detetive, o problema é que há um mistério não-resolvido: porque nós, os detetives somos tão mal-pagos, alguém aqui sabe?
-Eu, Boris Simões não acredito em igualdade, liberdade, e muito menos em fraternidade! Bandidos ganharem bem mais que nós não é igualdade, não podermos comemorar a solução dos casos com as mocinhas que estavam em perigo não é liberdade, e policiais da delegacia dizendo terem bem mais recursos e tecnologia não é fraternidade!
-Eu, Geno Marquesi não acredito em pilantras, muito menos se for o pessoal da delegacia responsável por contratar a mim e aos rapazes. Pois eles nos contratam para pegarmos os bandidos, depois nos destratam por não pegarmos as rosquinhas para eles nas lanchonetes!
Para variar, estes três maníacos descerebrados precisam capturar algum marginal, sem-vergonha, descarado, pilantra e desajuizado, mesmo que para isto precisem morrer… De tédio, monotonia, cansaço, exaustão e sono!
Missão do dia: investigar o misterioso desaparecimento do gerente da Pousada de Socobora (ninguém sabe cadê ele, muito menos alguém), com a ajuda da cínica, sonsa, exibida, maníaca e atrevida inspetora Margô Escarte, e ainda, tomar umas águas-de-côco grátis!
NARRADOR: -Os famosos e atrapalhados detetives Hugo Marquesi, Boris Simões e Geno Marquesi estão de viagem com as esposas (respectivamente: Lena, Cátia e Luma), para a Ilha de Portobelo. Porém, como férias é sinônimo de atividade, pode ser que eles encontrem um servicinho por lá… Quem sabe, não é mesmo?
HUGO <SORRINDO>: -Bem, pessoal! Dentro de exatamente uma hora e uns quebrados, estaremos na sórdida e misteriosa Ilha de Portobelo! Vocês estão empolgados?
BORIS <COM CARA DE ENTEDIADO>: -Não, as batatas fritas e as rosquinhas acabaram, e o serviço muquirana e mesquinho desta companhia de aviação não quer repor o estoque!
GENO <COM MAIS CARA DE ENTEDIADO AINDA>: -Além disto, os filmes que eles passam no vôo mais parecem uma reprise do jornal que vemos à noite, já que eles só exibem filmes em que os bandidos prendem os mocinhos e detonam tudo!
AS ESPOSAS <BOCEJANDO>: -E as cadeiras deste avião são bem mais duras e desconfortáveis do que a do consultório de qualquer advogado!
HUGO <SURPRESO>: -Ora, pessoal, mas o que é isto? Vocês todos estão muito desanimados, mas o que é isto?
TODOS OS DEMAIS <EM VOZ ALTA>: -Um vôo de classe-média, que mais parece classe-merreca, isto sim!
HUGO <COM CARA NORMAL>: -AI, AI!
<Enquanto isso, na Ilha de Portobelo…>
GERENTE <AFLITO AO TELEFONE>: -Como é que é o negócio? Você está reclamando que o banheiro está sujo? Mais limpo do que já está impossível, sabia disto?
RENATA <HISTÉRICA>: -Escute aqui, senhor gerente! Sabe por acaso com quem está falando?
GERENTE <FULO>: -Sim, estou falando com uma garotinha histérica e descontrolada, que por sinal é a caçula da banda musical Os Romanoz, da qual também fazem parte seus irmãos mais velhos: Rômulo, Remo e Romão!
RENATA <AINDA MAIS HISTÉRICA>: -Acontece que o cheiro de chulé dos últimos hóspedes ainda está aqui no quarto! Providenciem já a limpeza desta bagaça, senão meus irmãos e eu processamos esta espelunca, está entendendo bem o que digo?
<Enquanto isso, na piscina, dois irmãos conversam.>
<ALBERT>: -Cara, esta piscina está tão limpa que da até para sentir o cheiro de cloro mofado!
<EINSTEIN>: -Com certeza, os caras desta pousada são maníacos até por perfeccionismo!
<De repente, ouve-se um grito bem alto na gerência, e Albert e Einstein fazem uma cara de assustados.>
<Porém, finalmente os 3 detetives e suas esposas chegam ao local da Pousada de Socobora.>
HUGO <CONTENTÍSSIMO>: -Chegamos, pessoal!
BORIS <EMBURRADO>: -Não sei porque, mas algo me diz que esta pousada não é muito segura!
GENO <MAIS EMBURRADO AINDA>: -Preferia que tivéssemos ido ao Parque Nacional de Verdemata, lá, pelo menos, é deserto e isolado o bastante para pensarmos que é segura!
<As esposas nada dizem.>
HUGO <INCONFORMADO>: -Querem ver? Perguntarei ao gerente se aqui é seguro ou não, e ele irá tranqüilizar vocês!
BORIS E GENO <SEM CONFIANÇA>: -E quem é o gerente desta bagaça, um paspalho com cara de bobo?
LENA <IRRITADIÇA>: -Parem de discutir e tratem logo de confirmarem a reserva, seus marmanjões!
CÁTIA E LUMA <EMBURRADAS>: -É isso aí mesmo!
MARGÔ <AFLITA>: -Pessoal, que bom que nós nos encontramos aqui! Aconteceu algo terrível por aqui!
HUGO, BORIS E GENO <FURIOSÍSSIMOS>: -Suma da nossa frente, inspetora Margô Escarte! Nossas esposas já estão estouradas o bastante!
AS ESPOSAS <PENSANDO>: “Olhem só quem falam, os três rapagões que só sabem discutir e são incapazes de valorizarem as esposas!”
AS ESPOSAS <INDIGNADAS>: -Senhorita Escarte, suma daqui ou levará um digníssimo e belíssimo triplo tabefe no meio da sua putréfida e medíocre face!
MARGÔ <IRRITADÉRRIMA>: -Posso pelo menos falar antes o que eu tenho a dizer?
HUGO: -Tudo bem, fale logo, do que se trata afinal?
MARGÔ <DESESPERADA>: -O gerente, ele… SUMIU!
TODOS <ESPANTADÍSSIMOS>: -Como é que é?
BORIS: -O que ocorreu com ele, afinal de contas?
GENO: -Conte logo o que houve, pois se for o caso, teremos que investigar o ocorrido!
MARGÔ <APONTANDO>: -Eu não sei, foram dois garotos que estavam naquela piscina quem afirmaram ter ouvido gritos vindos da gerência, mas eles foram lá olhar e não encontraram mais o gerente…
RENATA: -Ele ainda por cima não mandou limparem o banheiro do quarto em que hospedei com meus irmãos!
TODOS <IRADOS>: -CALE A BOCA, RENATINHA!
RENATA: -Calma, pessoal, fiquem frios, eu hein?
HUGO: -O negócio é o seguinte: Lena, Cátia e Luma, voltem para o quarto! Os rapazes e eu iremos fazer uma rigorosa e criteriosa investigação pela esquerda, enquanto a inspetora Margô vai pela direita!
MARGÔ <INDIGNADA>: -Peraê, por que iremos nos separar assim, se todos os bons parceiros costumam andar juntos? Alguém por favor me explica isto?
BORIS: -Simples, Margô! Você só nos atrapalha e nos aborrece, e nossas esposas nos proibiram de andar com você na ausência delas!
GENO: -É só isto!
MARGÔ <DE BRAÇOS CRUZADOS>: -Grande porcaria…
AS ESPOSAS: -E é justamente por você ser uma porcaria que não deve querer dar em cima dos nossos homens, entendido, queridinha?
<Margô cruza os braços novamente fazendo uma cara de emburrada, porém desta vez nada diz.>
HUGO: -Bem, pessoal! Cá estamos no meio da gerência! Deve haver algum tipo de prova suspeita ou coisa assim por aqui, portanto dêem uma bela observada, tudo bem?
BORIS: -Então, o interfone está fora do gancho, a mesa do gerente está toda espalhada de suor e… Epa, peraê!
GENO: -O que foi, viu alguma coisa de especial?
HUGO, BORIS E GENO <SURPRESOS>: -CHEIRO DE PERFUME FEMININO!
HUGO: -Será então que o gerente foi sequestrado por uma mulher?
BORIS: -A princípio é até possível, mas o difícil mesmo seria buscar imaginar quem teria sido a perua!
GENO: -Nossas esposas não foram pois obviamente nós chegamos juntos, a Renata dos Romanoz também não pois ela sequer teria força física para agarrar o sujeito, então…
HUGO: -Então o quê?
BORIS: -É, diga aí, no que está pensando afinal?
GENO <COM OS DEDOS NO QUEIXO>: -Algo me diz que a inspetora Margô tem algo a ver com isto, porém não sei bem o quê!
MARGÔ <PENSATIVA>: -Bolas, não entendo como estes três indivíduos se deixam dominar tanto pelas esposas! Realmente são inacreditáveis, três marmanjões de terno e gravata sem pensamentos próprios!
HUGO <RACIOCINANDO>: -Bem, pessoal, ela esteve aqui antes de nós, porém pode ter sido qualquer outra hóspede, devemos levar isto em conta!
BORIS: -Bem, segundo a caderneta de registros da pousada, apenas sete quartos estão alugados no momento, e isto inclui o nosso quarto e o da inspetora Margô.
GENO <BUSCANDO RACIOCINAR>: -Poderia ter sido a mãe daqueles dois garotos aos quais a Margô se refere, porém eu tenho certeza que não! E a mãe dos Romanoz não parece estar hospedada com eles mas tenho certeza que ela nunca faria isto!
HUGO, BORIS E GENO: -Vamos investigar os outros quartos!
MARGÔ: -E aquelas peruas também são extremamente egoístas e indelicadas! Tenho culpa se elas são casadas com três filés da melhor qualidade? Mas depois que eu sozinha resolver o mistério, darei um baita gelo nas três coitadas! E enfim mostrarei que sou bem melhor como detetive do que os maridões delas!
HUGO: -Bom, num quarto estão hospedados um garoto chamado Metarfos com a namorada Samambaia e os pais dele, porém os mesmos parecem ter saído para pescar ainda cedo!
BORIS: -Noutro quarto está hospedada uma família de sobrenome Casteletti, mas eles mesmos ainda não saíram da cama hoje porque pegaram uma alergia após mexerem numas plantas do quintal ontem!
GENO: -E no último quarto estão o famoso cientista Professor Melos e a noiva dele, a Professora Tânia que dá aula para o Ensino Médio, porém ambos foram para a sauna há umas três horas no mínimo!
HUGO: -Pessoal, estamos perdendo muito tempo! Nosso colega, Cuca o Detetive e a esposa dele, Camila a Policial já teriam resolvido todo o caso em menos da metade de todo o tempo que já gastamos!
BORIS: -Claro, afinal o cara é muito mais inteligente do que todos nós, e ainda por cima a esposa dele acabou contaminada com a inteligência dele!
GENO: -Ainda bem que ele não citou o super-herói Ninjete o Herói Místico, pois este sim tem muitas armas e equipamentos e até veículos bem mais legais e melhores!
HUGO <RACIOCINANDO>: -Fiquem quietos! Parece que já descobri quem realmente cometeu o delito e por que razão!
BORIS E GENO <SURPRESOS>: -Então quem foi?
HUGO <ESTICANDO O BRAÇO>: -Venham comigo!
MARGÔ: -Já sei aonde é que o gerente deve estar, e quem realmente teve culpa pelo rapto dele!
LENA <INCONFORMADA>: -Pelo menos o gerente sumisse quando não estivéssemos aqui, pois nossos maridos já trabalham demais, ora bolas!
CÁTIA <TENTANDO ACALMAR>: -Bom, algo me diz que ele logo deve aparecer, juntamente com quem foi responsável pelo sumiço dele, podem confiar em mim!
LUMA <SEM EXPRESSÃO>: -Tomara mesmo que sim…
<15 minutos depois…>
HUGO <BATENDO À PORTA>: “TOC! TOC!”
MARGÔ <CONTENTE>: -Que bom vocês terem aparecido, acabo de encontrar o gerente e o culpado!
BORIS E GENO: -Quem foi o culpado e por que razão?
MARGÔ <COM UM PAPEL NA MÃO>: -Vejam só esta carta aqui!
HUGO <LENDO O PAPEL>: -Você está querendo me dizer que os garçons sequestraram o gerente porque queriam aumento, e portanto escreveram esta carta cheia de ameaças, é isto, Margô?
MARGÔ <TRISTE>: -Sim, por favor liguem para a polícia!
HUGO: -Agora mesmo…
MARGÔ <CONTENTE>: -Graças a Deus!
HUGO <FURIOSO>: -Mas para prender outra pessoa!
BORIS, GENO E MARGÔ <CURIOSOS>: -Quem?
HUGO <IRADO E APONTANDO>: -VOCÊ, MARGÔ!
BORIS E GENO <CONFUSOS>: -Mas por que ela?
HUGO: -Elementar, meus caros! Ela mesma foi quem sequestrou o gerente, e se nós aceitássemos fazer amor com ela, ele seria liberado!
BORIS E GENO <SURPRESOS>: -E como foi que pôde concluir isto tão rápido e assim tão do nada?
HUGO: -Lembram o cheiro do perfume que sentimos?
BORIS E GENO: -Sim, lembramos, por quê?
HUGO: -Não era perfume, mas o cigarro que a Margô costuma fumar, misturado com aroma artificial de queijo!
BORIS E GENO: -E por que demorou tanto a descobrir?
HUGO: -Logo vi que conhecia aquele cheiro, assim como vi que era forte e desagradável demais para ser um simples perfume, então comecei a pensar, em que tipo de gente usaria este tipo de fedor!
BORIS E GENO: -E então?
HUGO: -A princípio, busquei me convencer de que não seria ela, pois não pensei mesmo que poderia ter sido ela. Porém lembrei que era hora de folga dos funcionários, mas depois também eles mesmos me disseram que se tivesse passado alguém suspeito por lá, a câmera de segurança máxima certamente teria identificado.
BORIS E GENO: -E finalmente?
HUGO: -Lembrei que da última vez que nos encontramos nesta mesma pousada, ela pediu ao gerente ajuda para se livrar de nossas esposas, pois elas a estavam perturbando!
BORIS <MEXENDO NO BOLSO DA BERMUDA>: -Muito bem, então se tiver sido mesmo a Margô a culpada, nosso detector de mentiras automático deverá resolver o caso!
GENO <SEGURANDO O DETECTOR>: -Responda, Margô! Você é culpada pelo sequestro do gerente ou não?
MARGÔ <INDIGNADA>: -Prefiro não responder!
HUGO: -Você prefere não responder para omitir a culpa, ou apenas está nos testando?
MARGÔ: -Isto não interessa!
BORIS: -Não interessa por você ter vergonha de assumir a culpa, ou não interessa por você ser fraca mesmo?
MARGÔ: -Não quero conversar!
GENO: -Certo, não quer conversar por ter a tensão em alta, ou não quer conversar por ter receio?
MARGÔ <EXPLODINDO>: -Vocês estão me deixando louca, sabiam disto?
HUGO: -Estamos deixando você louca por que você não assume o crime, ou você já era louca de todo modo?
MARGÔ: -Por que vocês não me deixam em paz?
BORIS: -Por que você não assume o crime e encerra logo toda esta discussão, daí todos ficamos mesmo em paz?
MARGÔ: -CHEGA, EM NOME DE DEUS, JÁ ESTOU LOUCA MESMO DE VERDADE!
<Meia-hora depois…>
AMBULÂNCIA: “UUUÓÓÓ!!!”
LENA <ALIVIADA>: -Graças a Deus que a perua foi finalmente embora!
CÁTIA <CONTENTE>: -Pelo menos, lá no hospício ela não pode amolar nossos maridos!
LUMA <RECEOSA>: -Pior que ela vai querer se vingar dos nossos maridos, quando sair de lá!
HUGO <TENTANDO TRANQÜILIZAR>: -Bem, a vingança não é plena pois mata a alma e envenena!
BORIS <SORRINDO>: -Além disto, ela não poderá nos fazer nenhum mal, e estamos aqui para proteger vocês!
GENO <TRANQÜILO>: -Bom, ainda bem que já está tudo bem agora, não é mesmo?
AS ESPOSAS <ALIVIADAS>: -Sem dúvida, e graças a Deus que esteja!
GERENTE: -Telefone para Hugo, Boris e Geno! Podem por favor atender?
HUGO: -Esperem aí que eu atendo!
<Pouco depois…>
BORIS: -E então, quem era?
GENO: -Era algo sério ou urgente?
HUGO <NERVOSO>: -Nem queiram saber o ocorrido, pessoal…
BORIS <PREOCUPADO>: -Mas afinal, o que houve de tão alarmante agora?
GENO <TENTANDO SE ACALMAR>: -Sim, às vezes não é tão grave assim…
HUGO <SUANDO>: -Bem, acontece que o gerente do Hospício São Lelé desapareceu, e ninguém imagina o que será que houve com ele…
BORIS E GENO <DESESPERADOS>: -NÃÃÃOOO!!!
AS ESPOSAS <PROCURANDO SE MANTEREM CALMAS>: -É, parece que tudo irá mesmo começar outra vez…
FIM (ainda não se sabe até quando mesmo!).

Os 3 Porquinhos e Chapeuzinho Vermelho Contra o Lobo Mau.
Já esta é uma ideia muito louca e sinistra… Detonei completamente os universos de duas das mais populares histórias da carochinha!

Os 3 Porquinhos e Chapeuzinho Vermelho Contra o Lobo Mau – Roteiro.
Ela é uma mocinha de capuz vermelho e cestinha de palha, e eles são três suínos que adoram brincar e cantar… Porém, eles precisam enfrentar um inimigo comum!
Estrelando: Rosália Fernandes (mais conhecida como Chapeuzinho Vermelho), os irmãos Lombinho, Rabinho e Toucinho (mais conhecidos como Os 3 Porquinhos) e Lupicínio Adolfo Lobo (mais conhecido como O Lobo Mau).
Gêneros: Fantasia / Comédia / Drama / Suspense / Aventura.
Roteiro: Sávio Morais Cristofoletti, baseado em argumento de Sávio Morais Cristofoletti e nas personagens criadas nos contos da carochinha.
Sinopse: Rosália Fernandes é uma menininha de 13 anos que vive na cidade grande, mas sempre leva a marmita de sua velha e cansada avó no meio do campo. Para isto, ela precisa pegar três ônibus, muito vento, e os rapazes que tentam paquerá-la no ponto de ônibus. Seus três primos são porcos e se chamam Lombinho, Rabinho e Toucinho, sendo que os três também moram perto da avó. Certo dia, um lobo chamado Lupicínio Adolfo Lobo decide comer a vovozinha e os porquinhos, pois ele pegou uma baita indigestão de tanto comer mocinhas mais novas, portanto seu médico lhe orientou a comer apenas as vovozinhas e os porquinhos. Os porquinhos descobrem que o lobo quer comê-los e fazer o mesmo com sua vovozinha, então eles telefonam para sua prima Rosália, para ver se ela pode ajudá-los. Mas quando o lobo fica sabendo sobre a Rosália, decide fazer amor com ela, pois ele prefere as mais novinhas. Porém, Rosália bola um plano, a fim de pegar o lobo de surpresa e salvar a todos de uma vez só.
-Meu nome é Rosália Fernandes, mas todos me chamam de Chapeuzinho Vermelho, pois uso este capuz vermelho. Eu preferia que fosse amarelo, mas o amarelo saiu de moda desde o final da década anterior, então…
-Somos Lombinho, Rabinho e Toucinho, somos primos da Rosália, e todos nos conhecem como Os 3 Porquinhos. Gostamos de comer, dançar e cantar, mas não gostamos da inflação nem da marginalidade ou de corrupção!
-Lupicínio Adolfo lobo adora comer! Lupicínio adora se alimentar de velhinhas e porquinhos, e também fazer sexo com garotinhas! Será que alguém não se habilita?
E que comece a história (não começou ainda por quê?)!
NARRADOR: -Nossa história começa na cidade de Quipobrezessa, mais especificamente na casa de Rosália Fernandes, uma garota de 13 anos que sempre usa um capuz vermelho, pois o amarelo saiu de moda, desde o final da década anterior. Sua mãe, Maria do Socorro sempre lhe solicita que leve a marmita de sua avó.
MARIA DO SOCORRO <BERRANDO>: -ROSÁLIA, VENHA JÁ AQUI!
ROSÁLIA <TENSA E AGITADA >: -Que é, estimada e querida mamãe?
MARIA DO SOCORRO: -Sua avó, Magrina ainda está à espera a marmita dela!
ROSÁLIA <EMBURRADA>: -Mas mãe, hoje é Sábado, aquela cafeteria que fica na esquina da casa dela sempre fica aberta em fins de semana!
MARIA DO SOCORRO <GRITANDO>: -Menina, não discuta, ou não irá sair com seus amigos este fim de semana, ouviu bem?
ROSÁLIA: -Tudo bem, mãe!
MARIA DO SOCORRO <MAIS CALMA>: -Boa menina, assim é que se faz!
NARRADOR: E em outro canto da cidade…
LOMBINHO, RABINHO E TOUCINHO <RINDO E CANTANDO>: ♪-LÁ, LÁ, LÁ, LÁ, LÁ! SOMOS OS 3 PORQUINHOS, E NÃO TEMOS MEDO DE NADA, NEM MESMO DE UM LOBO GORDO E ESCROTO!♫
NARRADOR: Enquanto Os 3 Porquinhos brincam e cantam, a avó deles espera pela neta (que é prima deles).
DONA MAGRINA FINÉSIMA: -Acho que minha neta se esqueceu de me trazer a marmita de novo… Será que ela não sabe que se eu não comer meu estômago reclama? LUPICÍNIO RODOLFO LUPICÍNIO <ESCONDIDO ATRÁS DE UM ARBUSTO>: -ARRÁ, então a vovozinha tem uma neta! Excelente, é realmente uma ótima notícia!
ROSÁLIA: ♪-PELA ESTRADA TORTA EU VOU BEM MANSINHA! LEVAR ESTA MARMITA PARA A VELHINHA! ELA MORA DISTANTE E O CAMINHO É INCERTO! MAS O LUPICÍNIO MAU AINDA NÃO ME HAVIA DESCOBERTO!♫
LUPICÍNIO <COM A MÃO NO ESTÔMAGO>: -Acho que um aperitivo antes do prato principal cai bem…
<Escondidos atrás de um arbusto, estavam Lombinho, Rabinho e Toucinho, mais bem conhecidos como sendo Os 3 Porquinhos.>
LOMBINHO <APAVORADO>: -Manos, este cara quer comer a vovó…
RABINHO <AFLITO>: -Mas antes, ele quer nos comer!
TOUCINHO <DESESPERADO>: -Depois, ele quer comer a Chapeuzinho, mas em outro sentido!
LOMBINHO: -Bom, o telefone da casa da vovó não está funcionando, pois não paga a conta há mais de 6 meses!
RABINHO: -Então, telefonaremos para a Chapeuzinho!
TOUCINHO: -Espero que verdadeiramente dê tempo!
LUPICÍNIO <COM UM SORRISO EXAGERADO E SÁDICO>: -AH, então, eles têm uma prima misteriosa, sensual e exótica! Pena que meu médico me orientou a parar de comer mocinhas mais novas a fim de evitar indigestões, mas tudo bem, fazer o que, não é mesmo? Apesar de que o médico não falou nada em fazer sexo com mocinhas, sobretudo as mais jovens…
LUPICÍNIO <RINDO ESCONDIDO ATRÁS DE UMA ÁRVORE>: -Farei assim então: chegarei de sopetão na casa da velha coroca, então após devorá-la todinha, irei me disfarçar dela, para finalmente poder convencer a Chapeuzinho a fazer amor comigo!
NARRADOR: E no orelhão mais próximo do local…
LOMBINHO <DESESPERADO>: -E então, conseguiu falar com ela?
RABINHO <NERVOSO>: -Nada, está dando ocupado!
MARIA DO SOCORRO <IRADA>: -Já falei que não quero cartões de crédito MasterCarpa! Eu só uso cartões de crédito da InVispa, e olhe lá! Será possível que vocês não entendem isto, em nome de Deus? Mas que coisa!
TOUCINHO <APAVORADO>: -E agora, que faremos?
LOMBINHO E RABINHO <DESANIMADOS> -Boa pergunta…
TOUCINHO <ESPERANÇOSO>: -Talvez se rezarmos um pouco…
ROSÁLIA: -Bolas! Por que toda vez que levo marmita para a vovozinha fico com muita fome? Boa pergunta, mas ainda bem que já devo estar bem perto de lá…
NARRADOR: Enquanto isso, Os 3 Porquinhos se ajeitam em suas casas, a fim de buscarem se proteger contra O Lobo Mau.
TOUCINHO: -Bom, pessoal! Cada um se refugia na própria casa! Sorte que paguei um pedreiro muito bom para me construir um casarão de cimento e tijolos!
LOMBINHO: -Eu tive que arrumar uma choupana de palha, porque a minha grana anda muito curta, você sabe.
RABINHO: -E eu arrumei uma toca de madeira, porque os pedreiros que iam me construir uma casa melhor estão de férias.
TOUCINHO: -Certo, certo! Mas caso O Lobo Mau dê um jeito de derrubar as suas casas, corram para a minha o mais rápido possível, tudo bem?
LOMBINHO E RABINHO: -Pode deixar, mano!
LUPICÍNIO: -Então, começarei pelo aperitivo!
LUPICÍNIO <ESBRAVEJANDO>: -ESCUTE AQUI, PORQUINHO! SE NÃO ABRIR A PORTA, USAREI MEU LANÇA-CHAMAS IMPORTADO DA EUROPA QUE ARREMATEI EM LEILÃO!
LOMBINHO <DESPREOCUPADO>: -AH, qualé, cara, todo mundo sabe que estas armas não funcionam!
LUPICÍNIO: -AH, é mesmo?
LOMBINHO <RINDO>: -É mesmo!
<Lupicínio não perde tempo e destrói totalmente a casa de Lombinho com seu lança-chamas importado.>
LOMBINHO <APAVORADO:>: -Socorro, em nome de Deus!
LUPICÍNIO <RINDO>: -Isto, corra sozinho para o meu estômago, pois prefiro saborear um suíno de cada vez, para ficar bem mais suculento, saboroso e delicioso!
<Lombinho corre desesperado para a casa de Rabinho.>
LUPICÍNIO <ESBRAVEJANDO>: -VOCÊS DOIS! OU ABREM A PORTA OU MEU LANÇA-CHAMAS DARÁ UM JEITO NOS DOIS!
RABINHO <RINDO>: -Minha casa é bem mais forte, segura e resistente, duvido muito que este troço…
<Lupicínio também destrói a casa de Rabinho.>
LOMBINHO E RABINHO <DESESPERADOS>: -Acuda a gente, em nome de Deus!
LUPICÍNIO <RINDO>: -Não sei quem é esta Cuda, mas talvez fique de sobremesa!
<Lombinho e Rabinho correm rapidamente para a casa de Toucinho.>
LUPICÍNIO <ESBRAVEJANDO>: -ABRAM LOGO OU MEU LANÇA-CHAMAS TERÁ QUE SER USADO!
TOUCINHO <RINDO>: -Certamente que ele não está falando sério!
<Lupicínio tenta queimar a casa de Toucinho e falha.>
LUPICÍNIO <DETERMINADO>: -Usei pouca força, foi por isto, mas agora vai!
<Lupicínio tenta destruir a casa de Toucinho por mais 150 vezes seguidas e não obtém qualquer tipo de êxito.>
LUPICÍNIO <SEM FÔLEGO>: -PUF, PUF! SEUS MALANDROS! ISTO NÃO FICA ASSIM! DAREI UM JEITO DE ENTRAR PELO BURACO QUEBRADO DA TELHA, OUVIRAM BEM?
TOUCINHO <RINDO>: -Veremos então!
LOMBINHO E RABINHO <RINDO>: -É, veremos!
<Dito e feito, Lupicínio entra pelo buraco mesmo.>
LUPICÍNIO <CONFUSO>: -HÃ, mas afinal, que cheiro de queimado é este?
LUPICÍNIO <GRITANDO E SALTANDO>:-IIIIIAAAAAUUU!
TOUCINHO <RINDO>: -Pois é, nossa churrasqueira automática e eletrônica pegou o sujeito de jeito!
LOMBINHO E RABINHO <RINDO>: -Verdade!
LUPICÍNIO <EM TOM BEM ALTO, FORTE E GRAVE>: -Seus idiotas! Estou com o meu protetor automático de traseiros, o qual eu comprei na minha última visita aos Estados Unidos, sua churrasqueira apenas me atingiu de raspão!
LOMBINHO, RABINHO E TOUCINHO <TENSOS>: -Rápido, precisamos correr para a casa da vovó!
DONA MAGRINA FINÉSIMA <AGITADA>: -Cacilda, a minha netinha está bem mais atrasada que de costume! Só por isto, não receberá os 500 dólares de costume que eu pago a ela, quando ela vem aqui!
LUPICÍNIO <RINDO>: -Ainda bem que conheço um atalho para a casa da baranga! Este túnel supersecreto me dará uma enorme, incrível e surpreendente vantagem!
NARRADOR: Pouco depois…
DONA MAGRINA FINÉSIMA <EXAUSTA>: -Já chega, acho que chamarei o marmitex da esquina e…
LUPICÍNIO <BATENDO NA PORTA DA CASA DA VOVÓ>: “TOC! TOC!”
DONA MAGRINA FINÉSIMA <APAVORADA>: -AH, não! É o fiscal de impostos! Ele deve ter descoberto que andei atrasando a conta de telefone mais que o habitual!
LUPÍCINIO <FURIOSO>: -Abra a porta, caramba!
DONA MAGRINA FINÉSIMA <BUSCANDO SE MANTER CALMA>: -Lamento, mas meu nome não é caramba, portanto deve ter se errado de casa, tudo bem?
LUPICÍNIO <AINDA MAIS FURIOSO>: -ESCUTE AQUI, Ô VOVÓ! SOU O LUPICÍNIO MAU, E SE NÃO ABRIR A PORTA AGORA MESMO, USAREI MEU LANÇA-CHAMAS AUTOMÁTICO E IMPORTADO, DEU PARA COMPREENDER?
DONA MAGRINA FINÉSIMA <COÇANDO A CABEÇA>: -Que engraçado… Não me lembro de ter tido nenhum neto lobo! Você é de onde, meu rapaz, e quem são seus pais afinal?
<Lupicínio incendeia a casa toda, sem dó nem piedade.>
DONA MAGRINA FINÉSIMA <APAVORADA>: -JESUS ME ACUDA!
LUPICÍNIO: -De novo esta tal de acuda? Bem, deixe para lá, e já que os seus netinhos suínos enrolaram tanto, deixarei-os para depois!
<Lupicínio engoliu a Vovozinha tão rápido que nem deu para ver nem ouvir nada.>
LUPICÍNIO <PALITANDO OS DENTES COM UM PALITO DE FÓSFORO>: -AAAHH! Agora, é só esperar os três fujões! Pena que o palito de dentes acabou, por isto estou usando o de fósforo…
LOMBINHO, RABINHO E TOUCINHO <NERVOSOS>: -Finalmente, chegamos à casa da Vovó!
LOMBINHO, RABINHO E TOUCINHO <BATENDO À PORTA>: “TOC! TOC!”
LUPICÍNIO <DISFARÇANDO A VOZ>: -Pois não, quem é?
TOUCINHO: -Somos nós, seus três lindos, queridos e estimados netinhos, Vovó! Podemos entrar?
LUPICÍNIO <COM UMA EXPRESSÃO FACIAL FORÇADA E EXAGERADA>: -Claro que sim, mas lembrem-se de estender as roupas na porta, logo após entrarem!
TOUCINHO <CONFUSO>: -Mas para que isto, Vovó?
LOMBINHO E RABINHO <ENFEZADOS>: -Não discuta com ela, sabe que ela é idosa, então colabore!
<Os três ficam quietos e entram, em seguida se despem.>
LUPICÍNIO: -E então, o que meus jovens, adoráveis e graciosos netinhos vieram fazer aqui?
TOUCINHO <AFLITO>: -O Lobo Mau! Ele quer comê-la, mas antes ele quer nos comer, então…
LUPICÍNIO: -Calma, não precisam se preocupar!
LOMBINHO E RABINHO: Por que não?
LUPICÍNIO: -Estão seguros aqui…
LUPICÍNIO <MOSTRANDO OS DENTES>: -…E estarão mais seguros ainda após eu devorá-los!
LOMBINHO, RABINHO E TOUCINHO <BERRANDO>: -AAAAAHHH!!!
TOUCINHO: -Eu disse que havia algo estranho nela e…
LOMBINHO E RABINHO: -Agora não é hora de discussão!
TOUCINHO: -Pela primeira vez, ambos estão certos!
LOMBINHO, RABINHO E TOUCINHO <AGITADOS>: -AAAAAHHH!!!
LUPICÍNIO <LAMBENDO OS BEIÇOS>: -CHLEP!
NARRADOR: Enquanto isso, Chapeuzinho Vermelho se aproxima da casa da Vovozinha.
ROSÁLIA <CONTENTE>: -Ainda bem que o tal O Lobo Mau não me pegou! Talvez desistiu ou não pensou direito em como fazer.
ROSÁLIA <BATENDO À PORTA>: “TOC! TOC!”
LUPICÍNIO <DISFARÇANDO A VOZ>: -Quem é?
ROSÁLIA <ESTICANDO A VOZ>: -Sou eu, Vovó, sua doce, terna e simpática netinha!
LUPICÍNIO: -AH sim, claro, pode entrar!
ROSÁLIA: -Mas diga aí: por que o narigão, os orelhões e os olhões, afinal de contas?
LUPICÍNIO <INVOCADO>: -É porque estou resfriado, as orelhas foram picadas por formigas gigantes, e os olhos inflamaram, compreendeu?
ROSÁLIA: -Sim, Vovó, perfeitamente!
LUPICÍNIO: -Então, agora, passe a bóia!
ROSÁLIA <CONFUSA>: -Nossa, Vovó, eu estou mesmo estranhando você! Normalmente, você é bem menos esquisita! Mas agora que eu reparei também: e esta bocarra, ela é o quê?
LUPICÍNIO <COM CARA DE MAL> -É PARA BEIJAR VOCÊ MELHOR!
ROSÁLIA <APAVORADA>: -AAAAAAHHHHH!!!
LUPICÍNIO <SORRINDO>: -Você pode se esconder mas não pode fugir, sabia disto?
ROSÁLIA <PENSANDO>: “Espere aí, eu tenho um plano!”
ROSÁLIA: -EI, seu Lobo Mau! Posso pelo menos ligar para casa me despedindo?
LUPICÍNIO <CANSADO>: -AI, AI, Vá, pode ligar, fazer o que, não é mesmo?
ROSÁLIA <SORRINDO> -Obrigada!
LUPICÍNIO <DESANIMADO>: -Disponha, garota!
ROSÁLIA <AO TELEFONE>: -Sim, então, venha o mais rápido possível!
LUPICÍNIO <SURPRESO>: -O quê? Que você fez, mulher de Deus, chamou seu pai para vir aqui?
ROSÁLIA <SORRINDO>: -Sim, ele trabalha aqui por perto, construindo botes de madeira para as aldeias indígenas locais!
LUPICÍNIO <CONFUSO>: -Mas afinal, por que você o chamou?
PINTO AZEDO <RINDO>: -Simples… Sou fiscal alimentício nas horas vagas! E a constituição alimentícia diz que, é proibido se alimentar de senhoras idosas fora do prazo e também de suínos com carne de má-qualidade!
LUPICÍNIO <ESPANTADO>: -HEIN, mas que loucura é esta, afinal?
PINTO AZEDO <ENGROSSANDO O TOM DE VOZ>: -Eu é quem lhe pergunto, Senhor Lupicínio! Violar duas regras da constituição alimentícia duas vezes seguidas é algo que foge totalmente do normal…
LUPICÍNIO <INCONFORMADO> -Mas isto é totalmente absurdo!
PINTO AZEDO <DE CARA SÉRIA>: -Você admite que é absurdo e mesmo assim faz, interessante! E mais uma coisa também!
LUPICÍNIO <COM CARA DE BOBO>: -Também pela constituição alimentícia, é proibido fazer sexo com garotas vestidas de vermelho e segurando cestas!
LUPICÍNIO <EXAUSTO>: -E afinal, quem você pensa que é?
PINTO AZEDO <ENGROSSANDO>: -Não penso ser ninguém mais, sou eu mesmo e tenho plena, total e absoluta certeza disto, compreende? Meu nome é Pinto Azedo, eu trabalho fazendo botes de madeira para a comunidade indígena local, e nas horas vagas, brinco de fiscal alimentício… Quando aparece algum malandro, pilantra e abusado, como você!
LUPICÍNIO <GRITANDO>: -EU IREI MATAR VOCÊ, SABIA DISTO?
DELEGADO PANCHUDO <LEVANTANDO A VOZ>: -Então, você está preso, por tentar matar um sujeito mais feio ainda do que você!
LUPICÍNIO <SURPRESO>: -HÃ, mas o que é isto, afinal de contas?
DELEGADO PANCHUDO <INVOCADO>: -Eu não sou nenhum isto, a polícia daqui protege as pessoas feias de gente como você, justamente por termos pena delas, como por exemplo o pescador aqui!
PINTO AZEDO <INVOCADO>: -É lenhador, e de fábrica, ainda por cima!
DELEGADO PANCHUDO <COM CARA DE POUCOS AMIGOS>: -Agora, vomite a coroa e os três gordinhos, senão terei eu mesmo que expulsá-los de sua podre, imensa e nojenta boca, deu para entender?
NARRADOR: E no final, todos comemoram!
TODOS, MENOS O LOBO MAU <CANTANDO>♪-QUEM TEM SUSTO DO LOBO MAU, LOBO MAU, LOBO MAU! ELE É TÃO BOBO E SEM-GRAÇA QUE DEVERIA IR PARA O ESCAMBAL!
DONA MAGRINA FINÉSIMA: -Esperem aí, mas o que significa escambal, afinal de contas?
ROSÁLIA: -Não sabemos, mas precisávamos de uma rima, entendeu agora?
TODOS OS PRESENTES <RINDO>: -RÁ, RÁ, RÁ!
DONA MAGRINA FINÉSIMA: -Esperem aí, mas isto por acaso foi engraçado?
ROSÁLIA <CANSADA E IMPACIENTE>: -Por favor, acabemos logo com a história!
DONA MAGRINA FINÉSIMA: -Espere aí, mas eu nem comi a minha marmita, e já querem acabar a história? A propósito: por que você demorou a trazer a marmita?
ROSÁLIA <ENVERGONHADA>: -Sabe o que é, Vovó? Fiquei com muita fome no meio do caminho, daí não resisti e comi tudo!
DONA MAGRINA FINÉSIMA <IRADA>: -E agora, que irei comer na refeição?
PINTO AZEDO: -Bem, ali na outra esquina há uma pizzaria, por sinal excelente! Vamos, pago pizza a todos!
TODOS OS DEMAIS <GRITANDO>: -EBA!
ROSÁLIA: -Eu quero uma pizza de anchovas e…
PINTO AZEDO <FAZENDO UMA CARA MUITO SÉRIA>: Você não, você comeu o almoço de sua avó, portanto não vem conosco!
ROSÁLIA <EMBURRADA E CRUZANDO OS BRAÇOS>>: -Bolas, odeio as histórias com conteúdo politicamente (in)correto, sobretudo ao final da trama!
FIM (eu acho!).

Os 4 Detetives em: O Mirabolante Mistério Musical!
Eles eram apenas 3 e agora são 4… E novamente, fiz outro cruzamento, só para não perder o pique…
Os 4 Detetives em: O Mirabolante Mistério Musical! – Roteiro.
Como diz o velho e conhecido ditado: um é pouco, dois é bom, três é melhor ainda… Mas quatro é demais!
Estrelando: os detetives Hugo Marquesi, Boris Simões, Geno Marquesi e Diono Riviera, com a Banda musical Os Romanoz como convidados especiais, além das participações especiais da inspetora Margô Escarte e da atriz e cantora Nanda Santos.
Gêneros: Policial / Comédia / Suspense / Drama / Mistério.
Roteiro: Sávio Morais Cristofoletti, baseado em argumento de Sávio Morais Cristofoletti e nas personagens criadas por Sávio Morais Cristofoletti.
Sinopse: O trio mais inusitado e pirado de detetives de todos os tempos está de volta, desta vez, reunidos a um antigo parceiro, Diono Riviera! Enquanto suas esposas (Lena, Cátia, Luma e Dênia) estão no salão de beleza, eles recebem uma nova e ousada missão: investigarem o curioso e inusitado sumiço dos instrumentos, letras e equipamentos da Banda musical Os Romanoz, assim como o sumiço da caçula, a flautista Renata Romano! Pois eles têm um novo show marcado, junto à atriz e cantora Nanda Santos, e precisam estar preparados!
-Meu nome é Hugo Marquesi, eu adoro uma boa música! O legal de resolver casos musicais é que, ao final das contas, podemos ouvir música de graça!
-Sou Boris Simões, a música simplesmente me acalma aos ouvidos! Mas quando vou a um show musical, tenho a vantagem de não ser acusado de dormir em serviço!
-Eu me chamo Geno Marquesi, adoro ouvir música de qualidade, principalmente quando não tenho de ouvir reclamações da chefia nem dos bandidos!
-Prazer, Diono Riviera! Gosto bem mais da música do que de meu trabalho, mas não posso me transformar num artista decadente, se é que deu para entender!
Agora que nossos três amigos finalmente se reuniram novamente com seu antigo colega, eles deverão ajudar a Banda Os Romanoz… Do contrário, nada de show grátis!
Missão do Dia: descobrir o que houve com os acessórios da Banda Os Romanoz e também com a integrante mais nova, além de claro, pegar um show grátis ao final de todo o expediente!
NARRADOR: -Nossos três amigos estão livres das esposas por um tempo, já que elas foram ao salão de beleza. Enquanto isso, um antigo amigo vem visitá-los, durante uma partida de futebol na TV. Nossa história começa na Casa de Hugo Marquesi.
DÊNIA <MANDANDO BEIJOS PELA MÃO>: -Tchau, querido! Estou indo encontrar as garotas lá no salão, então, aproveite muito bem o futebol!
DIONO <SORRINDO>: -Até mais, querida!
HUGO: -Bom, pessoal! O Vila Nogueira F.C. está ganhando do Vila Rochedo F.C. por 32 a 3! E olhem que 2 gols foram do goleiro, e o terceiro do próprio técnico!
BORIS: -Mas qual! O Vila Matagal F.C. ganha dos dois, de olhos muito bem-vendados!
GENO: -Bom, eu acho que…
“TRIIIIMMMM!!!”
-DIONO <SURPRESO>: -ALÔ? Como é que é a história?
-HUGO, BORIS E GENO <CURIOSOS>: -Quem é, e o que houve?
-DIONO: -O guitarrista Rômulo Romano nos chamou, para um caso no mínimo inadiável e urgente!
HUGO, BORIS E GENO: -Quem é este aí?
-DINO <GRITANDO>: -É o líder daquela Banda que todos conhecem, seus idiotas!
HUGO, BORIS E GENO: -AAAHH…
<Pouco depois>…
RÔMULO: -Então, amigos! De repente, todos os nossos instrumentos, letras de músicas e equipamentos sumiram!
REMO: -E a Renata também, muito estranho isto!
ROMÃO: -E temos show marcado com a Nanda Santos!
DIONO: -Quem é Nanda Santos?
NANDA <FURIOSA>: -Deve ser alguma idiota que se veste muito mal, e que nunca aprendeu a cantar!
HUGO, BORIS E GENO: -Então, se for uma cantora decadente e desajeitada, nós sabemos de quem se trata!
<Nanda dá um tabefe nos quatro detetives!>
DIONO, HUGO, BORIS E GENO <gemendo>: -AAAIIII!!!
RÔMULO: -Nós estávamos lá na sorveteria, junto com nosso primo Ramón Romano, a prima dele Flora Jacinto, nosso amigo Germano Bester e mais dois chegados.
REMO: -Quando voltamos, a Renata e todos os nossos acessórios sumiram de vez!
ROMÃO: -E nem sinal dela nem de nada!
HUGO <PROCURANDO TRANQÜILIZAR>: -Calmalá, iremos por partes, com calma!
BORIS <PENSATIVO>: -Quanto tempo tem isto, e por que vocês não levaram a guria com vocês?
RÔMULO: -Umas 8 Horas mais ou menos, mas só vimos agora… E por duas razões: ela estava com dor-de-barriga, e o namorado dela Rodolfo estava com ela!
GENO <CURIOSO>: -HUM… Muito interessante!
REMO: -Quem é muito interessante, a Renata?
DIONO <RINDO>: -Não, uma cantora famosa ficar com dor-de-barriga por sentir nojo de um pentelho, e mesmo assim ainda insistir em querer namorá-lo!
ROMÃO: -Ela deixou um bilhete aqui!
HUGO, BORIS, GENO E DIONO <CURIOSOS E SURPRESOS>: -E o que diz aí afinal?
NANDA: “NÃO NAMORO NINGUÉM, ENTÃO, NEM INVENTEM DROGA NENHUMA SOBRE ISTO!”.
HUGO: -Mas então, quais são os principais suspeitos?
RÔMULO: -Bom, poderia ser o nosso empresário, Estevão Musikmann, mas…
BORIS: -ARRÁ, o empresário é sempre o culpado!
GENO: -Não seria o mordomo?
DIONO: -Quietos os dois aí!
REMO: -Ele está muito ocupado, cuidando da turnê internacional dos Cavalebres.
HUGO, BORIS, GENO E DIONO: -Cava… Quem?
NANDA <IRADA>: -A Banda rival dos nossos amigos aqui, ô seus imbecilóides!
HUGO, BORIS, GENO E DIONO: -AAAHH!
ROMÃO: -Mas ele é do bem e nunca faria isto! Assim como o Dr. Caramole que está de licença médica e não pode sair de Casa, a Dinorá, a Mariléia e a Regina que são amigas da Renata que estão na aula de balé e…
HUGO <EXAUSTO>: -Mas e quanto aos vilões?
RÔMULO: -Bom, têm os criminosos que todo mundo conhece…
REMO: -Mas o João Safado se escondeu na República de Charleston, o Tenório Plato foi capturado em Selvanópolis e está vindo de avião para a Cadeia, o Dr. Capeste está fazendo serviços comunitários, o Barton Baleia está preso em Atualópolis, o Ladrão de Rua pegou dengue e está lá no Hospital da Polícia de Armenópolis…
BORIS: -Então, não sobrou mais ninguém?
ROMÃO: -Bom, só se fosse o DJ Tatueba, mas…
DJ TATUEBA <IRADO>: -NÃO FUI EU!
RÔMULO: -Tudo bem, tudo bem, calma!
HUGO: -Falando nisso… Cadê a inspetora Margô Escarte, afinal?
“CINEMA LEDUCADO” – Filme de hoje: “Capitão Cosmo e os Amigos do Universo em: A Invasão do Planeta Quilztronz”.
“-E os Amigos do Universo estão em apuros novamente!”
MARGÔ <RINDO>: -Se aqueles panacas acham que irei me intrometer no caso deles mais uma vez, só para depois se livrarem de mim novamente… Estão redondamente enganados, eu que não apareço neste caso para ajudá-los! Ao invés disto, estou é aqui no Cinema, muito melhor!
BORIS: -Bom, segundo o vizinho ali do lado, apareceu um caminhão de mudanças aqui por perto, há quase 9 Horas! Será esta uma pista?
GENO: -Talvez, se ele souber mais ou menos para qual lado deva ter ido…
DIONO: -Então, falaremos com ele, agora mesmo!
REMO: -Acabo de ligar para a loja de instrumentos musicais ali da esquina, eles disseram que podem nos emprestar equipamentos e instrumentos por algumas Horas, sem cobrarem nada de nós!
ROMÃO: -O problema são as nossas letras, teremos que copiar do nosso próprio Site oficial…
NANDA: -Mas tocar sem a Renata ao lado de vocês é algo que s fãs não irão perdoar!
RÔMULO: -Talvez, possamos chamar a sua amiga, Jussara Justa para substituí-la só desta vez!
REMO: -Mas antes, ligaremos para o Estevão, nosso empresário!
ESTÊVÃO <BERRANDO AO TELEFONE>: -Não tem esta de fazerem o show sem os seus instrumentos, letras e equipamentos, muito menos sem a sua irmã! Não quero nem saber como, mas recuperem tudo e rápido!
ROMÃO: -É, melhor investigarmos aquele tal caminhão mesmo, é o jeito, não é verdade?
MARGÔ <BOCEJANDO>: -Este filme está muito chato! E ainda falta uma hora e meia para acabar! Melhor ver o que os rapazes estão fazendo!
<Meia-hora depois…>
“GINÁSIO ARESTAFINA”
HUGO <PENSATIVO>: -Então, segundo as informações dadas pelo vizinho, mais a velocidade do veículo, o meliante se refugiou bem aqui!
BORIS <CONFUSO>: -Mas daí, por que razão o dito cujo (seja lá quem for) se esconderia justamente por aqui?
GENO <PARADO>: -É o que todos nós queremos saber!
DIONO <BOCEJANDO>: -Caras, mas que caso mais maçante, mirabolante e monótono! Está doido, Deus nos livre desta!
MARGÔ <ESCONDIDA>: “AH, então, é ali que eles finalmente resolverão o tal mistério em questão! Então, secretamente resolverei o caso, levarei todos os créditos, não serei jogada para escanteio, e enfim darei em cima deles todos!”
LENA, CÁTIA, LUMA E DÊNIA <ESCONDIDAS TAMBÉM>: “HUM! Esta perua aí está querendo passar a perna nos nossos homens! Mas também temos uma surpresinha para ela!”
NANDA <AO TELEFONE>: -Então, Jussara! Eles disseram que você não pode substituir a Renata, mas que ainda podem encaixar você como segmento do nosso show! Apareça por lá, tudo bem? Um abraço!
MARGÔ <PENSATIVA>: “Logo, entro pela entrada dos fundos, sem ser vista! Assim sendo, finalmente levo toda a glória, honra e mérito no lugar deles!”
HUGO <COM OS DEDOS EMBAIXO DO QUEIXO>: -AH, sim! Então, a danada da Margô quer nos passar a perna, hein? Pois bem, temos uma surpresinha para ela! Rapazes, peguem a…
MARGÔ <TODA CONTENTE>: -Rede! A Rede de Notícias da Armeno TV já está vindo, para prestigiar minha vitória neste caso!
BORIS <NO TELHADO>: -Certo, agora, eu pego a inspetora deste lado do telhado…
GENO <DO OUTRO LADO DO TELHADO>: -…Enquanto eu pego o ladrão deste lado!
DIONO <SORRINDO>: -Este será o nosso caso nº. 1 deste Ano! Agora que estamos juntos novamente, estamos finalizando um caso à altura do reencontro!
NANDA <TRISTE E SENTADA NA CALÇADA>: “Mesmo que eles resolvam mesmo o caso, foi uma experiência totalmente traumática! Mas agora que eles finalmente resolverão tudo, enfim veremos que tipo de malandro teria feito isto, e por qual razão!”
MARGÔ <FALANDO BEM BAIXINHO>: -Agora, eu finalmente…
<Subitamente, Margô é interrompida, ao ser pega numa rede.>
BORIS: -Pegamos a inspetora!
GENO: -Também acabamos de pegar o ladrão!
DIONO: -Agora, veremos logo quem roubou e por quê!
HUGO: -Vejamos então de vez!
MARGÔ <HISTÉRICA>: -O que está havendo?
HUGO, BORIS, GENO E DIONO <INDIGNADOS>: -Tentando nos atrapalhar a missão, hein?
RÔMULO, REMO E ROMÃO: -Enfim, veremos quem foi que…
NANDA <ESPANTADA>: -RENATA?
RÔMULO, REMO E ROMÃO <IGUALMENTE ESPANTADOS>: -MANA?
RENATA <COM UM SORRISINHO AMARELO>: -O-OI, gente!
RÔMULO: -Mas por que razão você fez isto afinal?
REMO: -Nossa própria irmã uma ladra, meu Deus?
ROMÃO: -E se todos na Cidade souberem disto?
RENATA <INVOCADA>: -Esperem aí, será que eu posso falar, por favor?
NANDA: -Ela está certa, pessoal! Temos de saber o que realmente houve!
RENATA: -Eu coloquei todos os equipamentos, letras e instrumentos dentro do caminhão, para levá-los mais rapidamente ao local do show!
RÔMULO: -Certo! E por que você sumiu por quase 9 Horas seguidas, além de deixar todo o material bem aqui em frente?
REMO: -Sim, explique-se, por favor!
ROMÃO: -E trate logo de caprichar mesmo nas explicações, maninha!
<Os três estão indignados em demasia.>
RENATA <PROCURANDO MANTER A CALMA>: -Bom, primeiro que vocês estiveram com o telefone ocupado quase todo o tempo, daí eu desisti de vez em querer insistir! Se vocês depois chegassem ao local em que faríamos o show, eles lhes informariam que o novo local marcado foi justamente este daqui!
RÔMULO: -Estávamos falando com nossos primos do interior, Os Lisboanoz!
RENATA: -Silêncio, não acabei! Daí, como vocês não largavam mesmo do telefone, decidi ir ao Cinema, então, peguei 3 sessões seguidas de filmes! Mas eu estava com o celular, vocês não me ligaram porque são uns idiotas, ignorantes e incompetentes!
REMO: -Quer levar um puxão de orelha, mana?
ROMÃO: -Depois, não podemos falar nada sobre ela…
RENATA: -Continuando: não houve ladrão nenhum, aliás, a Banda Jacaré Surfando ajudou a carregar o nosso material! Inclusive, eles voltam daqui a pouco!
HUGO <SURPRESO>: -UÉ, cadê nossas esposas?
MARGÔ <RINDO>: -Queridinhos! Falei aos guardas que suas adoráveis e lindas esposas foram as culpadas pelo crime, antes que vocês me colocassem na Cadeia!
BORIS <IRADO>: -EI, vocês aí! Querem nos ajudar a dar umas porradas nesta mocréia aqui?
MARGÔ<ASSUSTADAS>: -Esperem aí, elas foram presas, mas ainda sobrei eu!
RÔMULO, REMO E ROMÃO <RINDO>: -Com todo o prazer… Podem deixar que a gente ajuda a dar um jeito nesta coisa horrorível aí!
RENATA E NANDA <DECEPCIONADAS>: -Não se bate em mulher nem com pena, seus covardes! TSC, TSC! Fazer o que, não é mesmo?
GENO <REVOLTADO>: -Daremos uns belos cascudos nesta piranha aqui, para que ela largue de ser idiota, não é mesmo, galera?
MARGÔ <EM PÂNICO>: -SOCORRO, alguém por favor me ajude contra estes malucos paraneuróticos!
DIONO <NERVOSO E AGITADO>: -É isso aí!
<E eles realmente deram uma baita surra nela!>
MARGÔ <GEMENDO MUITO>: -AAAAIII… Qual foi a chapa do caminhão que me atropelou, hein? AAIII!
NANDA <FRUSTRADA>: -AI, AI! Estas coisas têm de acontecer justamente nos Dias dos meus shows?
RENATA <QUERENDO CONSOLÁ-LA>: -Coisas da Vida, minha cara e estimada Nanda, coisas da Vida!
RÕMULO, REMO E ROMÃO <IRRITADOS>: -EI, as duas aí: não irão nos ajudar por aqui não?
JUSSARA <CHEGANDO AGORA E SURPRESA>: -Mas o que está havendo aqui afinal?
MARGÔ <TODA DOLORIDA>: -AAAIII… Nem queira saber!
NARRADOR: -E assim, mais uma vez, nossos corajosos, destemidos e valentes amigos resolveram mais um caso… E precisarão mesmo do salário, se realmente quiserem tirar suas esposas da Cadeia!
FIM (ao menos, é o que realmente parece!)

Com ou sem eles, ela acaba se metendo em muitas encrencas… Duvidam do que falo? E o cruzamento continua…

A Inspetora em: Um Caso Para Lá de Mortal! – Roteiro.
Desta vez, ela não está ao lado deles, mas sim num caso independente! Mas será que ela realmente dá conta?
Estrelando: a inspetora Margô Escarte, com a participação especial do Agente James Carnson.
Gêneros: Policial / Comédia / Suspense / Drama / Mistério.
Roteiro: Sávio Morais Cristofoletti, baseado em argumento de Sávio Morais Cristofoletti e nas personagens criadas por Sávio Morais Cristofoletti.
Sinopse: A inspetora Margô Escarte acaba de sair da cadeia mais uma vez, após se meter noutro caso roubado dos seus colegas detetives! Enquanto o grupo está de férias nas Ilhas Maregeu, ela é designada para ajudar uma pobre e coitada vampira, Ágnes! Todo o sangue artificial que Ágnes a Vampira consome foi roubado, e ela nem imagina quem foi! Caso não recupere, ela não sobrevive! Será que a inspetora resolve este atravessado e minucioso caso? Bem, é ver para crer, não é mesmo? Mas não está sozinha: o Agente James Carnson a ajudará no processo!
-Eu, a inspetora Margô Escarte sou viciada em resolver casos e mistérios… Pena que algumas vezes, não haja nenhum filé minhon para me acompanhar… Mas tudo bem, afinal são coisas da Vida, não é verdade?
Missão do Dia: ajudar a uma pobre, coitada, indefesa, desesperançosa e lamuriante vampira a sobreviver, e de quebra, obter um relato completo sobre a Vida secreta dos vampiros!
NARRADOR: -A inspetora acaba de sair da Cadeia, após se meter noutra confusão com uma série de detetives muito malucos e sinistros!
MARGÔ <SUANDO>: -Já chega, não agüento mais ir presa só por conta daqueles caras! Eles são casados com umas mulheres idiotas, ignorantes e imbecis e a culpa é minha? Ora, em nome de Deus, francamente!
JAMES CARNSON <SAINDO DO AVIÃO>: -Até que enfim, pude voltar ao Brasil! Nada fácil ser agente secreto, ainda mais num país como a República de Charleston! E o pior foi que aqueles cantores ficaram de me buscar aqui no aeroporto, mas nem sinal deles…
“BIP! BIP!”
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RENATA: -Desculpe, James, mas não podemos vir buscá-lo! Minha mãe pegou febre amarela, meus irmãos tiveram de levá-la ao hospital e eu sou menor de idade, não posso dirigir!
JAMES <AGITADO E NERVOSO>: -Bolas, e estsa agora! Quem irá me dar carona ao hospital agora?
MARGÔ <DIRIGINDO UM FUSCA VERMELHO>: -Eu posso lhe dar carona, Sr. Carnson! Suba aqui em meu carro!
JAMES <SURPRESO>: -EI, mas eu conheço você!
MARGÔ <SORRINDO>: -Claro que sim!
JAMES: É aquela inspetora louca e tarada, que tem fama de atrapalhar os casos dos outros!
MARGÔ <IRADA>: -ORA, seu…
“BIP! BIP!”
MARGÔ <ATENDENDO AO CELULAR>: -ALÔ?
MARGÔ <SURPRESA>: -Como é que é? Sim, claro, irei para aí agora mesmo, sem falta!
JAMES <CURIOSO E SURPRESO>: -Que houve, Srta. Escarte?
MARGÔ: -Uma vampira está me solicitando para que eu resolva o problema dela!
JAMES <INTERESSADO>: -Calma, que foi que houve, afinal de contas?
MARGÔ: -Algum idiota andou roubando todo o sangue artificial dela!
JAMES: -Eu vou com você, afinal, sou o maior, melhor e mais legal espião de toda a República de Charleston!
MARGÔ <INDIGNADA E REVOLTADA>: -Nem pensar! Você não faz mesmo meu tipo, além disto, trabalho muito bem sozinha, está sabendo?
JAMES <EM TOM DE DEBOCHE>: -Então, por que aqueles detetives estão sempre com você?
MARGÔ <FURIOSA>: -Cale a boca e vamos nessa!
<Então, os dois entram no carro, seguindo ao lado direito da estrada.>
NARRADOR:-Pouco depois, num casarão…
MARGÔ: -Então, Srta. Ágnes! É Ágnes, a Vampira, correto?
ÁGNES: -Sim, ótimo que vieram logo! Se eu ficar mais 6 Horas sem me alimentar, já era mesmo, entendem?
JAMES <COM OS DEDOS NO QUEIXO>: -Mas e aí, você suspeita de alguém em especial?
ÁGNES: -Sim, no momento, tenho seis suspeitos!
MARGÔ <PENSATIVA>: -Certo, mas quem seriam estes seis suspeitos?
ÁGNES: -Meu vizinho que é um sultão árabe, meu outro vizinho que é um militar aposentado, minha dentista que cuida de seis gatos em Casa, minha parceira no jogo de tênis que na verdade é sexóloga, a moça do supermercado da esquina que nas Horas vagas trabalha como Médium, e o gari do outro lado da Rua que está fazendo faculdade!
MARGÔ <INTRIGADA>: -Certo, e por que toda esta gente se interessaria em prejudicar você afinal?
ÁGNES <PROCURANDO MANTER A CALMA>: -Bom, o primeiro vizinho não gosta de vampiros, o segundo vizinho não gosta de pessoas ou coisas muito pálidas, minha parceira acha que eu dei em cima do namorado dela, a sexóloga é invocada, a outra moça não acredita em nada sobrenatural, e o gari acha que todas as pessoas cismam com ele só por ser muito pobre!
MARGÔ: -Sr. Carnson! Procure a residência das três últimas pessoas da lista, eu verei as três primeiras, entendido?
JAMES <COM A MÃO NA CABEÇA>: -Certo, minha cara e estimada colega, Srta. Escarte!
<E então, os dois se separam.>
NARRADOR: -Meia-hora mais tarde…
MARGÔ: -O primeiro vizinho está trancado em Casa com sarampo há quase uma Semana inteira, o segundo vizinho está viajando nas Ilhas Farofete, a dentista está com as duas pernas engessadas há um Mês inteiro e mal sai de Casa!
JAMES: -A parceira é alérgica a sangue artificial, a moça do supermercado está na Casa da mãe dela em Cosmóvil por conta de um velório familiar, e o gari está preso por não pagar imposto!
ÁGNES <AFLITA E DESESPERADA>: -Bem, pior que a moça da loja que me vende sangue em litro disse que está em falta, até o final da Semana que vem!
JAMES <APONTANDO>: -EI, mas afinal: o que é aquilo na em cima da árvore?
MARGÔ E ÁGNES <OLHANDO PARA CIMA>: -Aonde, no galho?
JAMES <INTRIGADO E SURPRESO>: -Desde quando árvores dão mel?
MARGÔ E ÁGNES <ESPANTADAS E SURPRESAS>: -Mel? Que coisa mais estranha!
JAMES: -Há um rastro de mel espalhado por todas as árvores da região!
MARGÔ: -James, fique aqui vigiando a casa da nossa cliente! Nós duas iremos atrás deste curioso e incomum rastro de mel!
JAMES <QUASE CABISBAIXO>: -Bem, fazer o que, não é verdade?
<E as duas saem voando, por cima das árvores…>
NARRADOR: -Pouco depois…
ÁGNES <APONTANDO>: -Vem daquela Casa oval ali!
MARGÔ <CURIOSA E SURPRESA>: -Nossa! Mas afinal: quem viveria num lugar tão bizarro e estranho como este?
SILVÉRIO <GRITANDO>: -Eu mesmo!
ÁGNES <PARALISADA E PERPLEXA>: -Silvério! Então, foi você mesmo?
SILVÉRIO <APONTANDO PARA SI MESMO COM O POLEGAR ESQUERDO>: -Claro! Você não achou que era um dos seus vizinhos ou algum amigo seu, ou achou?
ÁGNES: -Mas… Por que fez isto, homem de Deus!
SILVÉRIO: -Simples! Sou um zangão, e estou cansado de ter de comer mel todo Santo Dia! Então, decidi variar um pouco a alimentação, compreendeu?
MARGÔ <FURIOSA E INDIGNADA>: -Se é assim, por que você não comprou sangue artificial na loja, n lugar de roubar da Ágnes?
SILVÉRIO <RINDO>: -RÁ, RÁ! E você acha que eu sou rico deste jeito, a ponto de poder comprar litros de um sangue artificial mais caro que a dentadura da minha avó?
MARGÔ: -Crime é crime, meu chapa, e infelizmente, terei de prendê-lo!
SILVÉRIO <RINDO DE NOVO>: -RÁ, RÁ! E você acha mesmo que existe cela para abrigar um zangão como eu? Duvido muito, está sabendo?
RENATA <IRRITADA E NERVOSA>: -A Polícia não perdoou o sujeito responsável por atirar no meu pai há alguns Anos, então por que razão eles deveriam perdoar você? Responda, sabichão!
MARGÔ <SURPRESA>: -O que você está fazendo por aqui, Renata?
RENATA: -Eu vim aqui de ônibus, tenho uns amigos que moram lá na outra Quadra, por acaso reconheci vocês!
MARGÔ <INTRIGADA>: -Deveriam era proibir a participação de penetras nas histórias dos outros, mas enfim! Fazer o que, não é mesmo?
RENATA <FURIOSA>: -Pois fique sabendo que nós, Os Romanoz somos muito mais apreciados e respeitados do que vocês todos, entendido?
SILVÉRIO <BUSCANDO REMEDIAR A QUESTÃO>: -Calma, penso que poderemos chegar a algum tipo de acordo básico, querem ver só?
ÁGNES <IRREQUIETA DE BRAÇOS CRUZADOS>: -Então, estou esperando!
SILVÉRIO <UM BOCADO DESCONFORTÁVEL E NERVOSO:> -Eu sei aonde vende mais sangue artificial, por preço baratinho, está bom assim?
ÁGNES <COM OS BRAÇOS ENCOSTADOS UM EM CADA LADO DA CINTURA>: -Mas então, por que você próprio não foi até este lugar?
SILVÉRIO: -Sabe como é, sou muito preguiçoso!
MARGÔ <DESAPONTADA>: -Desculpe-me, mas não mesmo! Crime é crime, está preso e pronto final!
SILVÉRIO: -Certo, tudo bem, sem problemas! Então, vá guardando estes litros de sangue artificial que eu roubei, para que eu possa ir preso de mãos livres!
MARGÔ <ORGULHOSA>: -Ótimo, tanto melhor!
SILVÉRIO <GRITANDO>: -POLÍCIA, POLÍCIA! ACABO DE ENCONTRAR A CULPADA!
MARGÔ <ESPANTADA>: -Como é que é a história?
HELICÓPTERO DA POLÍCIA <DE MEGAFONE>: -INSPETORA MARGÔ ESCARTE! TRATE DE SE RENDER AGORA MESMO, OU A COISA TODA FICARÁ PRETA PARA O SEU LADO, ENTENDIDO?
MARGÔ <INDIGNADA>: -Que absurdo! Não fiz nada, irei é cair fora daqui, agora mesmo!
<Margô salta o muro e foge…>
HELICÓPTERO DA POLÍCIA <BERRANDO>: -ATRÁS DELA, AGORA MESMO!
<Enquanto isso, Silvério foge voando.>
RENATA <GIRANDO A CABEÇA>: -TSC, TSC! Por que todo mundo sempre gosta de pôr a culpa nela?
ÁGNES: -Simplesmente por que ela é uma otária! Não arruma homem nem caso decente, é por isto mesmo!
JAMES <CURIOSO E INTRIGADO>: -Agora, venha cá, Ágnes! Você é uma vampira, certo?
ÁGNES: -Certo, qual é a pergunta afinal?
JAMES: -Assim sendo, por que você não se alimenta de sangue natural?
ÁGNES: -Por que se eu fizer isto, as pessoas que eu morder também se tornarão vampiras, e esta gente tem o direito de viver e estar com as pessoas que elas admiram, estimam e gostam em Vida!
JAMES <AINDA CURIOSO E INTRIGADO>: -E o que acontece se eu ingerir este sangue artificial?
ÁGNES: -Bom, você provavelmente vomitará, visto que não é alimento apropriado e certo para humanos!
<James imagina a si mesmo ingerindo uma dosagem de sangue artificial, quase vomitando no meio do chão>.
JAMES <MEIO ENOJADO E TONTO>: -Pensando bem, acho que este tal sangue artificial não rola muito não, na moral, tudo bem?
RENATA: -Mas então, se não serve para humanos: por que é que serviria para um zangão, afinal de contas?
ÁGNES <RINDO>: -E quem disse que serve?
NARRADOR: -Enquanto isso…
SILVÉRIO <GEMENDO E COM A MÃO NO ESTÔMAGO>: -AAAAIIIIII! Por que aquela cretina, medíocre e ordinária vampira não falou antes que eu não poderia ingerir este sangue artificial, afinal de contas?
NARRADOR <RINDO>: -E você por acaso havia antes perguntado isto a ela?
SILVÉRIO <FURIOSO E INVOCADO>: -E você aí: fique quieto, se não quer levar uma bela e forte ferroada, bem no meio do seu traseiro, tudo bem?
NARRADOR <PENSATIVO>: -Mas afinal, que será que houve com a inspetora Margô Escarte?
MORCEGOS <GUINCHANDO>: -QUI, QUI, QUI!
MARGÔ <ESTRESSADA, IMPACIENTE E TENSA, DE BRAÇOS CRUZADOS>: -Que ótimo esconderijo! Uma caverna recheada de morcegos! Espero não serem parentes daquela vampira totalmente lunática e pirada!
FIM (ao menos, é a impressão que se tem!).

Os 3 Detetives em: O Intrigante Caso na Casa do Prefeito! (Versão atualizada do original).
Os 3 Detetives em: O Intrigante Caso na Casa do Prefeito! – Roteiro.
Atualização da versão original, com a adição da inspetora Margô Escarte, mais algumas diferenças ao fim da trama.
Estrelando: os detetives Hugo Marquesi, Boris Simões e Geno Marquesi, com a participação especial da inspetora Margô Escarte.
Gêneros: Policial / Comédia / Suspense / Drama / Mistério.
Roteiro: Sávio Morais Cristofoletti, baseado em argumento de Sávio Morais Cristofoletti e nas personagens criadas por Sávio Morais Cristofoletti.
Sinopse: O prefeito de Marombênia está fazendo aniversário. Em meio aos convidados, estão os três detetives mais loucos e inusitados do pedaço: o veterano Hugo Marquesi, seu filho, Geno Marquesi e o amigo dos dois, Boris Simões, além da cínica e hilária inspetora Margô Escarte. Até que em dado momento, a primeira-dama da cidade pede licença às pessoas e se dirige ao sanitário. Logo após, gritos são ouvidos. Os três simpáticos detetives e o projeto infértir de inspetora vão em direção ao sanitário, a fim de verem o que ocorreu. Não se vê nada, fora esposa do prefeito, jogada no chão, cheia de sangue. Então, os três detetives e a inspetora são forçados a descobrirem o que houve. Não que eles pensem em largarem a gandaia na festa, óbvio!
-Eu sou Hugo Marquesi. Sou um experiente detetive. Em minha cidade, Marombênia, sou muito respeitado. Exceto pelos vizinhos chatos, cobradores e criminosos locais…
-Eu me chamo Geno Marquesi. Tal qual meu nobre pai, o experiente Hugo Marquesi, decidi ser detetive. Trata-se de um serviço um bocado entediante, mas… Ao menos, não dá para passar fome… Apenas quando eu dou uma festa, e os vizinhos incômodos surgem nela.
-Meu nome é Boris Simões. A exemplo de meus grandes amigos, Hugo Marquesi e Geno Marquesi, sou um exímio detetive! O bacana do cargo é: podermos experimentar vinhos mais requintados e pilotar os carros mais exóticos.
Estes três detetives sempre se dispõem a colaborar com a cidade, além de com os criminosos. Pois todos os que vão presos não precisam mais agüentarem a tirania de pagar o aluguel e dos vizinhos incômodos. O grande problema é que, eles nunca se lembram de removerem a rolha do vinho, nem de fecharem a janela do quarto, para que seus roncos não sejam ouvidos pelos outros.
Missão do dia: procurar pistas de um curioso atentado, relacionado à esposa do prefeito e, ainda: retornar à festa tempo, para poder pegar uns salgadinhos e refrigerantes de graça.
NARRADOR: -O prefeito de Marombênia está fazendo anos hoje. Sua idade? Ninguém sabe! O último que tentou perguntar sua idade foi expulso da cidade. Em sua residência oficial, uma ilustre e grandiosa cabana de palha, três entre os diversos convidados se sobressaem: Hugo Marquesi, seu filho, Geno Marquesi e o amigo dos dois, Boris Simões. Três famosos detetives, que, têm um mau-hálito terrível e a mania de assistirem à máquina de lavar roupas, quando a TV não funciona.
PREFEITO : -Bem, caros e ilustres amigos! Hoje, estou fazendo aniversário! Espero que, todos gostem da festa. No final, teremos bolo de jaca.
HUGO: -Bem, rapazes! A festa está muito boa. Mas, infelizmente, o prefeito é muquirana e, nem karaokê aqui tem.
GENO: -Concordo com você, pai! Além disto, o prefeito sempre vem de tênis, para não gastar com sapatos novos…
-BORIS: -Também… O que esperar do senhor prefeito? O cara é ricaço, e se acha pobretão…
-MARGÔ : -Ele ganha bem mais que vocês!
HUGO, GENO E BORIS : -Quer ficar calada, Inspetora Margô Escarte? Ninguém aqui pediu a sua opinião!
MARGÔ : -Calma, rapazes! Vocês estão muito estressados, nossa Senhora!
HUGO: -Nossas esposas não gostam que andemos com você! Ou melhor: que você ande conosco!
GENO: -Portanto, trate de ficar longe de nós!
BORIS: -É, não queremos problemas!
MARGÔ <CÍNICA: -Mas elas nem estão por perto…
-ESPOSA DO PREFEITO: -Com licença, querido! Eu necessito ir ao sanitário.
PREFEITO : -Você necessita ir, ou apenas quer retocar a sua maquiagem idiota?
ESPOSA : -Mas eu preciso ficar bonita, para a sua festa!
PREFEITO : -AH! Você então admite que ficou feia, com o passar dos anos!

PREFEITO : -UUUIII…
ESPOSA : -HUNF!
MARGÔ <RINDO: -Que sujeito hilário!
HUGO: -Quantos anos vocês acham que o prefeito tem?
GENO : -Idade biológica ou mental?
BORIS : -AH, nem sei… De repente, o coroa é um centenário da vida…

ESPOSA : -♪LÁ, LÁ, RI!♫
PREFEITO : “Estas mulheres… Sempre ficam querendo parecer grandes estrelas do Cinema!”
ESPOSA : -AAAAIIIIIIII!!!
PREFEITO : -OH, MEU DEUS! MINHA PATROA ESTÁ EM PERIGO!
GENO : “Patroa… Realmente! O prefeito faz tudo o que, a esposa manda…”
HUGO : -IREMOS INVESTIGAR!
MARGÔ: -Eu também!
HUGO, BORIS E GENO : -Nem pensar!
MARGÔ: -Ou aceitam minha ajuda, ou mostrarei às suas esposas estas fotos de vocês flertando comigo, hein?
HUGO, BORIS E GENO: -Estas fotomontagens ficaram ridículas, você não sabe fazer melhor?
MARGÔ : -Então, posso ajudá-los?
ESPOSA : -SIM, EU GRITEI! Mas é porque, esta maquiagem ficou horrorosa em mim!
PREFEITO : -Desculpem-me, rapazes! Mas, minha esposa é muito estressada…
ESPOSA : -COMO DISSE?
PREFEITO: -Estressada e surda!
PREFEITO : -AAAIII… UIII…
HUGO : -O prefeito e sua esposa ainda não aprenderam a valorizar nosso trabalho!
GENO : -Claro! O camarada não trabalha…
BORIS : -É… A esposa dele traz a grana para a casa!
MARGÔ: -E suas esposas, elas trabalham?
HUGO, BORIS E GENO: -Fique quieta, sua anomalia acéfala, não queremos saber o que você pensa!
MARGÔ: -Calma, tenho a beleza mortal mas não mato!
HUGO, BORIS E GENO : “Perua bem irritante e inconveniente!”.
ESPOSA : -AAAAIIIIIIII!!!
PREFEITO : -CACILDA, MULHER! AJEITE A DROGA DA MAQUIAGEM LOGO DE VEZ!
PREFEITO : -Mas, o que será que houve? Ela só costuma ficar quieta e não me responder quando vê a novela e o show de calouros.
HUGO: -VAMOS LÁ!
PREFEITO : -POMBAS! E, agora, a idiota quer nos pregar uma peça!
HUGO: -Peça, só mesmo em teatro, prefeito! Algo de errado deve ter ocorrido…
GENO: -Pelo tipo, isto é sangue de verdade! Ela deve ter sido atingida…
BORIS: -Aparentemente, não havia mais ninguém no banheiro!
MARGÔ: -Só mesmo as traças!
HUGO, BORIS E GENO: -Fique quieta, sua perua!
PREFEITO : -Só espero que ela tenha mesmo morrido! A piranha nunca quis me dar o divórcio…
HUGO : -Desculpe-me, Senhor prefeito! Mas, duas perguntas!
PREFEITO : -Sim?
HUGO: -Primeiro! Este seu relógio é falsificado! Por que insiste em comprar coisas no camelô?
PREFEITO : -Porque acha que, este relógio é falso?
HUGO : -Primeiro, você nunca executa altos gastos! Segundo: dá para ver que, o relógio não é muito resistente! E, terceiro: este relógio está marcando 25 horas e 61 minutos!
PREFEITO : -MUITO BEM! E, qual é a outra coisa que, você ia dizer?
HUGO: -Porque você queria se divorciar desta piranha? Digo: da sua esposa.
PREFEITO: -Por três razões! Primeiro: eu e ela não torcemos pelo mesmo time de futebol! Segundo: ela não gosta de comer lasanha, um prato delicioso! Terceiro: a mãe dela é mais gostosa!
HUGO: -HÃ… Entendi… Eu acho!
GENO : -PAI! O Boris e eu encontramos uma pista muito interessante!
HUGO : -Muito bem, meu filho… O que vocês encontraram?
BORIS: -Uma bala de revólver calibre 38.
MARGÔ: -Já vi armas melhores…
HUGO, BORIS E GENO : -TAMBÉM JÁ VIMOS PARCEIRAS MELHORES, CARAMBA!
HUGO: -Bom! Mas como sabem que o calibre da pistola é 38?
GENO: -ORA, pai… A pistola calibre 38 é a mais barata da cidade…
MARGÔ : “Grande mérito, mas enfim!”.
-BORIS: -É, Hugo! Quem seria burro de pagar caro, para cometer um crime destes?
HUGO : -Muito bem… Vamos investigar os convidados!
GENO : -Quem quer que tenha sido, pode ter escondido a arma do crime, nalgum lugar da casa!
BORIS: -Bem… Vamos analisar os suspeitos!
MARGÔ: -Analisar? Isto aqui é um consultório médico?
HUGO, BORIS E GENO : “Melhor a gente ficar quieto!”.
HUGO: -BOA IDÉIA! Assim, ficaremos logo sabendo.
Pouco depois…
HUGO: -Bom… O Senhor Capivara não foi! Ele é canhoto e, o braço esquerdo dele foi engessado. Também não foi o governador, pois, as mãos dele estão sujas de torta. Ele não teria tempo de lavá-las. O tio do prefeito também não. Ele não sabe nem manejar flautas… Quanto mais armas.
GENO: -A Madame Gorila também não foi. Ela só tem um braço e, o outro estava preso, no copo de limonada. O jornaleiro da esquina só chegou depois. O secretário do prefeito estava no banheiro.
BORIS: -A sobrinha da esposa do prefeito estava muito ocupada, cuidando do dedo ferido. Ela havia prendido o dedo, na porta de entrada. O presidente do clube esportivo da cidade estava sentado, do lado de fora. O goleiro da vizinhança, que joga para o time do prefeito grudou as mãos na bola, após manchar as mãos de geléia.
MARGÔ: -EI, que tal se vocês puserem as mãos em mim e me revistarem, só para verem que não fui a culpada?
.
MARGÔ : -MMMFFF!
HUGO, BORIS E GENO : “Pronto, agora, esta coisa aí se aquieta de vez, para que trabalhemos sossegados!”.
HUGO : -Bem, rapazes… Já analisamos todos os convidados, mas… Ainda faltam duas opções!
GENO E BORIS : -QUEM?
HUGO : -A própria esposa do prefeito e…
PREFEITO : -QUEM?
HUGO : -VOCÊ MESMO, PREFEITO!
PREFEITO : -Por que pensa que fui eu?
HUGO : -Eu não falei que foi você, nem que penso que foi você! O fato é que, você mesmo disse que desejava se divorciar! Logo, quando ela apareceu caída e jogada, você ficou muito feliz!
PREFEITO : -ORA! Mas isto é um absurdo! Eu nem estava na porta… Quanto mais dentro!
GENO : -PAI! BORIS! VENHAM AQUI!
-HUGO : O que foi, filho?
GENO: -Debaixo de um alçapão, encontrei este pilantra!
GENO E BORIS : -Mas… É o guarda-costas do prefeito!
PREFEITO : -SEU MALANDRO! Posso mandar prendê-lo, por assassinar a minha esposa!
HUGO : -UÉ… Não entendi a sua, prefeito!
PREFEITO : -Não entendeu o que, Hugo?
HUGO : -Foi você mesmo quem disse que gostaria de se livrar de sua esposa, de qualquer modo!
PREFEITO : -ORA! Mas quando, onde, como e por que eu disse isto?
BORIS : -Eu tenho a gravação aqui comigo, prefeito!
PREFEITO : -Está na cara que você falsificou esta gravação!
BORIS : -Você adora tomar a nós três por tolos, não é mesmo, Senhor prefeito?
PREFEITO : -Como assim, meu caro?
GENO : -Estamos muito desapontados, prefeitos!
PREFEITO: -Com o quê?
HUGO : -Não se deve desejar o mal às pessoas! Pois, alguém pode desejar mal a você!
BORIS : -Você não ia querer morrer, ia?
PREFEITO: -Mas, ela já estava cansada e, precisava de descanso eterno…
GENO : -E este palhaço? Por que razão não diz nada?
PREFEITO: -Ele está rouco… É por isto!
BORIS: -Mas, o camarada pode escrever alguma coisa!
PREFEITO: -Legal… Mas, se, vocês me permitem, eu vou tomar água…
HUGO : -Não irá a lugar algum, prefeito!
GENO : -Pelo menos, não até que nós possamos esclarecer este caso!
MARGÔ: -É isto aí mesmo!
MARGÔ: -Uma ótima inspetora sabe se livrar do perigo!
PREFEITO : -Mas… Eu estou com sede…
BORIS : -Deveria então ter tomado água antes… Prefeito!
PREFEITO: -Mas… Mas…
GENO : -SEM MAS!
-PREFEITO: OOOHHH…
BORIS: -Pessoal… O homem escreveu algumas coisas importantes!
HUGO E GENO : -O quê?
BORIS : -CA-HAM! O prefeito me obrigou a matar sua esposa!
MARGÔ : “Já vi bandidos planejarem golpes de modo muito mais astuto e furtivo a este…”.
PREFEITO : -É MENTIRA!
BORIS : -SILÊNCIO! Ainda não acabei!
PREFEITO : -OOOHHH…
BORIS: -Continuando: Ele queria se ver livre da esposa! Por isto, ou eu colaborava, ou ele me demitia!
HUGO : -Muito bonito, hein, senhor prefeito?
PREFEITO : -ORA… Ele não podia ficar sem a esposa!
GENO: -Continue, Boris!
BORIS: -Ele estava de saco cheio da esposa! Mas se ele a matasse, todos descobririam. Assim sendo: ele precisava de ajuda!
GUARDA-COSTAS: -Podem me prender, se quiserem! Mas o prefeito irá junto…
HUGO : -Muito obrigado, amigo! Você não apenas não irá preso, como também receberá uma excelente gratificação!
GUARDA-COSTAS : “Sorte que eles não sabem que recebi um suborno do prefeito, mas também precisei dele, para pagar minhas dívidas…”.
MARGÔ : “Eu prenderia o cúmplice junto, pois o cara podia ter uma recaída, mas enfim…”.
PREFEITO : -BAH!
GENO : -E vejam só isto, pessoal!
HUGO E GENO : -O que foi?
GENO : -Ela não faleceu… VEJAM! Ainda é possível escutar os batimentos cardíacos dela!
Mais tarde, no hospital…
ESPOSA : -Muito obrigada aos três, por me ajudarem!
GENO : -Ora… Não foi nada!
HUGO : -Foi um prazer ajudar!
BORIS : -Não fizemos mais do que a nossa obrigação!
MARGÔ : -E quanto a mim?
HUGO, BORIS E GENO: -Você só ajudou a atrapalhar!
ESPOSA: -Meu marido pegará uns 15 dias de xadrez! Ele não pode ser deposto, o vice governa bem pior que ele!
HUGO : -Muito bem… Mas creio que ainda falte algo!
ESPOSA: -O Quê? A conta médica? AH, podem deixar… Meu plano de saúde cobre tudo!
GENO : -Não, senhora… É outra coisa!
ESPOSA : -O que é, afinal?
GENO : -Faltou sermos pagos!
MARGÔ: -É, queremos o pagamento!
.
MARGÔ : -Não é assim que se trata uma dama, vocês pagarão caro por me destratarem!
HUGO, BORIS E GENO : “Que medo! Coitada…”.
ESPOSA: -AH, sim… Desculpem-me! Mas, que cabeça a minha!
HUGO, GENO E BORIS : -HUNF!
ESPOSA : -Resolveremos isto, agora mesmo!
HUGO, GENO E BORIS : “ATÉ QUE ENFIM!”
ESPOSA: -Vocês gostam de bala de menta ou canela?

ESPOSA : -UÉ! Mas que caras são estas? Andaram comendo carne podre?
HUGO, GENO E BORIS : -AH, NÃO! TINHA DE SER ESPOSA DO PREFEITO!
ESPOSA : “Eu, hein? Se eles não gostam nem de menta e nem de canela, bem que poderiam ter me avisado logo… Ou agiram assim por outra razão? Mas são bem estranhos mesmo, então…”
MARGÔ : “Eu voltarei ao próximo caso, podem esperar!”.
NARRADOR: -Graças aos nossos três versáteis detetives, um novo mistério acaba de ser solucionado! Mas acaba de surgir outro: como fazer a esposa do prefeito dar aos três o seu devido pagamento? Esse aí, eles só resolverão a muito custo! Ou, quem sabe, nem resolvam nada mesmo…
FIM (ao menos, até o prezado momento!).

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